ARTIGO: Por Sônia Maria Marques
De redes até móveis é o comércio clandestino em Araraquara
Pobre do comerciante que afetado pela crise econômica causada pela política brasileira, ainda tem que enfrentar a deslealdade do comércio clandestino. Temos visto cofres, poltronas de vime, adereços para jardim, redes, óculos de sol, carteiras, mudas de árvores enxertadas.
O comércio ambulante continua faturando alto em nossa cidade, em detrimento dos comerciantes que são obrigados a pagar seus impostos e ainda gerar empregos. Não existem estatísticas de quanto os ambulantes levam embora, contudo, o negócio parece ser lucrativo, já que o número de ambulantes e a variedade das mercadorias vêm aumentando.
O Sincomercio tem questionado e exigido da Prefeitura uma fiscalização rígida, mas não há o apoio do Poder Público, que acaba permitindo o livre acesso dos clandestinos. Estes, a fiscalização não autua e nem cobra nada, porém do comerciante estabelecido, ela torna-se impiedosa e vai em cima, afinal o cenário do estabelecido é mais convidativo e ali aplica-se o Código Tributário.
Afeta-se, outrossim, a economia, porque, no confronto com a concorrência ilegal, uma das primeiras vítimas é a competitividade. E há ainda prejuízos em cadeia para toda a sociedade que, sem que se perceba, vão destruindo a sua capacidade de geração de riquezas, minando seus valores essenciais.