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Fifa escolhe sede da Copa do Mundo Feminina de 2027 na madrugada desta sexta-feira

Brasil é candidato e tenta realizar, pela primeira vez, o Mundial na América do Sul; cerimônia terá início às 23h (horário de Brasília) em BangKok, na Tailândia, com transmissão da Fifa+

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Jaqueline Barros, Ednaldo Rodrigues, Manu Biz e Valesca Araujo

A Fifa anuncia na madrugada desta sexta-feira (17) o país que vai receber a Copa do Mundo Feminina de 2027. A decisão será anunciada no 74º Congresso da Fifa, que será aberto às 23h (horário de Brasília) de quinta-feira (16), em BangKok, na Tailândia. O evento será transmitido pelo Fifa+.

Com o apoio do Governo Federal, a candidatura brasileira é liderada pela CBF e pretende trazer, pela primeira vez na história, para a América do Sul o Mundial Feminino. A eleição vai acontecer no Queen Sirikit National Convention Center e contará com a participação de 211 representantes das associações-membro da FIFA. Eles terão a responsabilidade de definir o país anfitrião do torneio, depois de um longo processo de candidatura.

Em Bangkok, a comitiva brasileira será formada por jogadoras, autoridades e consultores da candidatura. A delegação conta com o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, o ministro do Esporte, André Fufuca, Aline Pellegrino (vice-campeã mundial em 20027 e gerente de Competições Femininas da CBF), Kerolin (atacante da Seleção Brasileira), Formiga (única atleta a disputar sete Copas do Mundo da FIFA), as consultoras Valesca Araújo, Jacqueline Barros, Manuela Biz e o consultor Ricardo Trade.

Depois da desistência de Estados Unidos e México em abril, o Brasil está na disputa com Bélgica, Alemanha e Holanda, que se uniram para formar uma candidatura única para receber a 10ª edição da Copa do Mundo.

“Estamos cumprindo com excelência todas as etapas do processo de candidatura e mostrando que estamos prontos para organizar a melhor Copa do Mundo da história da Fifa. Além de realizar um evento memorável, o Mundial tem um papel estratégico no desenvolvimento do futebol feminino no nosso país. Vamos trabalhar até o último minuto para garantir o máximo de votos na eleição”, afirmou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

APRESENTAÇÃO

O Congresso da FIFA tem uma longa agenda de atividades, que inclui aprovações, discussões e votações. Antes da votação que define o futuro da Copa do Mundo Feminina da FIFA 2027, os candidatos terão 15 minutos para uma última apresentação com o objetivo de mostrar aos votantes suas propostas.

O Brasil pretende encantar as associações-membro da FIFA com a defesa dos pilares da candidatura – sustentabilidade econômica, social e ambiental, desenvolvimento esportivo, liderança feminina no ecossistema do futebol, direito das mulheres e potencial de consumo – em uma declaração visual comandada pela apresentadora Duda Pavão, que contracena com uma assistente virtual. As referências à cultura brasileira, às riquezas naturais do continente e aos povos originários são os pontos fortes do roteiro, que ainda inclui mensagens de apoio de personalidades do mundo do futebol e de ministras de Estado.

Sob o slogan Uma Escolha Natural (A Natural Choice), o país se apresenta na Tailândia como potência mundial e conta com o apoio de representantes de todos os continentes para que a Copa do Mundo Feminina da FIFA seja um catalisador de oportunidades para mulheres dentro e fora dos campos, traga um legado duradouro no que diz respeito ao uso dos equipamentos esportivos para fortalecer o futebol feminino, à capacitação de profissionais do esporte e aos programas sociais vinculados com o evento em todas as regiões do Brasil.

Como parte do processo de candidatura, o Brasil recebeu em fevereiro uma comitiva com especialistas em várias áreas. Por ter conseguido as aprovações técnicas (e a maior nota entre os concorrentes), o país garantiu a posição de candidato na votação na Tailândia.

“Estamos na Tailândia muito confiantes no trabalho realizado até aqui, satisfeitas com as propostas apresentadas à FIFA e principalmente certas de que estamos no momento ideal para impulsionar, junto com o Governo Federal, Conmebol, parceiros comerciais e sociedade civil, o desenvolvimento do futebol feminino, dentro e fora do campo, no Brasil e na América do Sul, independente do resultado da votação”, ressaltou Aline Pellegrino, gerente de competições da CBF.