Ainda se discute quando a prática do futebol no Brasil retornará por conta do Coronavírus (COVID-19), mas além de ter tirado muitas vidas e afetado parte da população, é certo também que os torneios também não serão mais os mesmos.
Paralisado desde o dia 16 de março, a Federação Paulista de Futebol assegurou que a prioridade é terminar as divisões do Paulistão Séries A1, A2 e A3, as quais ainda não tiveram a sua primeira fase concluídas.
“O protocolo da FPF vai ser guiado diretamente para terminar as três competições. Não é para o início de novas competições. Existem protocolos da CBF e clubes para iniciar competições e nós não. Nos estamos trabalhando para terminar o Paulistão A1, A2 e A3”, disse o presidente da entidade, Reinaldo Carneiro Bastos, em entrevista ao site Máquina do Esporte.
Porém, as outras competições organizadas pela FPF, como o Campeonato Paulista de base (Sub-11, 13, 15 e 17) e a Copa Paulista, podem não acontecer este ano. A entidade já informou aos clubes de que não é necessário a disputa de, no mínimo, uma competição em qualquer categoria este ano.
Os torneios de base eram para iniciar neste mês de abril. Existe a possibilidade da competição do Sub-20 acontecer, mas as chances são remotas, de acordo com o mandatário.
A Copa Paulista pode ser realizada, mas com datas reduzidas para o final deste ano. Lembrando que o torneio dá vagas para a Série D do Brasileiro e Copa do Brasil.
“Já informamos a eles [clubes] sobre isso. Acho que dificilmente vai acontecer. Temos conversado com os clubes sub-11, 13, 15 e 17, tanto masculino como feminino, é não deve acontecer. Há uma chance remota de termos o sub-20. É pequena. Agora no momento correto, que a gente puder pensar nisso, vamos chamar os clubes e conversar sobre isso e ver o que é possível ser feito”, contou.
A Segunda Divisão, equivalente a quarta divisão do estado, e o Paulista Feminino, deverão acontecer em um formato mais reduzido. Ambos já tinham datas e os jogos marcados para o início deste mês, mas foram adiados.
O presidente afirmou também que cerca de 40% das finanças da FPF foram afetados e que 45% dos contratos com de terceiros tiveram que ser encerrados.
“Estamos estudando todas as medidas possíveis para nos adequar a uma nova realidade. Nós vamos todos sair diferentes dessa situação. Quem não se adequar, vai ficar pelo caminho”, declarou.