Saul Klein, hoje o homem forte da Ferroviária, não chegou apenas para bancar toda estrutura de investimento no clube, desde a formação de jogadores até o futebol feminino, e de um moderno CT, mas também de ser o dono de tudo. Pelo menos foram as promessas feitas ao declarar seu amor por Araraquara.
Em dezembro chegou a ser anunciado que o herdeiro das Casas Bahia gostaria de possuir 100% das ações da Ferroviária S/A e o clube sob o seu total controle, no entanto a informação não seguiu em frente, dada a falta de transparência da empresa que substitui a antiga Associação Ferroviária de Esportes, bem como usa seus direitos federativos. Constava que através da MS Sports, Klein se interessava em comprar as ações dos empresários minoritários para estabelecer ainda mais sua autonomia dentro do clube.
Porém, o empresário recuou quando lhe apresentaram uma proposta de R$ 20 milhões que seriam rateados entre os acionistas. O investidor teria achado a pedida alta, desistiu temporariamente da aquisição e ficou com os 50% por parte da empresa chamada MS Sports. Nada foi confirmado.
Atualmente, a Ferroviária S/A tem como principal acionista a MS Sports (50%). A Associação Ferroviária de Esportes detém 10% e o restante das ações são divididas entre empresários minoritários que entraram em 2003, quando surgiu o clube-empresa.
Mas, nem por conta do “diz-que-me-diz” a situação é de insegurança. Rotulada como filial do São Caetano a Ferroviária está longe, pelo menos por enquanto, ter em campo o time proposto pelo empresário. Não bastassem os atletas que já vieram do ABC é provável que jogadores da base do São Caetano também façam parte do elenco da Ferroviária em 2020.
Se antes havia euforia pela chegada de Saul e da MS Sports, dois meses após o anúncio da sua pisada na Fonte o clima é outro: o abalo vem pela falta de informações, chegada de Pedro Martins, filho do prefeito Edinho Silva que teve atritos com o treinador Marcelo Vilar, antes disso a dispensa de Vinicius Munhoz e do diretor Roque Júnior. São situações que tornaram o ambiente desconfortável no momento da sua estréia no Campeonato Paulista.
Em função disso em menos de 20 dias a desconfiança no que está por vir, fez oscilar a confiança do torcedor no trabalho e investimento de Saul Klein. A enquete mostra que essa segurança caiu de 75% para 50%, subindo para 40% a desconfiança do torcedor. Não sabem o que vai acontecer e nem opinar – 10%.