Home Esporte

Será sepultado nesta quinta, Nicanor, jogador da AFE em 70

528
Nicanor 48

Nicanor 48Nicanor, como treinador; antes, jogador da Ferroviária

Será sepultado nesta quinta-feira (29) em Leme, sua terra natal, o ex-jogador Nicanor (71 anos), brilhante ponta direita dos anos 60; internado desde domingo por conta de uma crise de diabetes que se agravou com problemas estomacais e culminou em três paradas cardíacas nesta quarta, ele faleceu ontem (quarta) num Centro Médico de Campinas.

Nicanor de Carvalho aproximou-se de Araraquara após defender o XV de Piracicaba em 1966 e disputar com a Ferroviária em dezembro (21) daquele ano a grande final do Campeonato Paulista da Primeira Divisão no Pacaembú, onde os dois clubes buscavam o acesso. Apenas uma equipe subia e a Ferroviária obteve estava façanha ao empatar por 1 a 1 o primeiro jogo (gols de Passarinho e Nicanor) e vencer o segundo – 1 a 0, gol contra do lateral direito Nelson, que em uma bola cruzada por Maritaca, tentou evitar que o lateral esquerdo Fogueira (machucado e fazendo número na ponta esquerda) chegasse antes. Na disputa de bola Nelson acabou fazendo o gol para a Ferroviária.

O XV possuía na metade dos anos 60 um time muito forte, financiado pelo dono da Tatuzinho, uma das marcas mais famosas de cachaça em todo o País, o comendador Humberto D’Abronzo.

 Para o segundo jogo, ao ter conhecimento de que a arbitragem poderia influenciar no resultado da partida, o então presidente da Ferroviária Aldo Comito reuniu seus companheiros de diretoria três dias antes da partida decisiva no Pacaembú e sob ameaça de não entrar em campo exigiu a troca do árbitro: seria Olten Ayres de Abreu, substituído poucas horas antes da final por Armando Marques, que já havia apitado a primeira partida no dia 18 de dezembro no mesmo Pacaembú.

Dirigido pelo técnico Gaspar o XV possuía um grande time: Claudinei, Nelson, Kiki, Proti e Dorival; Chiquinho e Lopes; Nicanor, Mazinho, Rodrigues e Piau.

Em 1970, Nicanor foi contratado pela Ferroviária e aqui permaneceu até 1974, substituindo inicialmente Passarinho e depois Valdir, num celebre ataque formado por Valdir, Maritaca, Téia, Bazani e Nei.

O EX-PONTA DIREITA

Nicanor de Carvalho foi um ponta com passagens por Inter de Limeira, XV de Piracicaba, Ponte Preta, Ferroviária e São Paulo, entre outros. Após encerrar a carreira como jogador em 1975, se formou em Educação Física e trabalhou como preparador físico em três clubes: Ponte Preta, Corinthians e São José.

Sua primeira experiência como treinador foi na Inter de Limeira em 1984, comandando ainda Paulista de Jundiaí, Grêmio Maringá, Atlético-PR, Coritiba, São José, Ponte Preta, Santos, Guarani, Botafogo-SP, Rio Branco e seu último clube foi o Bragantino, em 2006. Ele ainda trabalhou sete anos no futebol japonês e com muito sucesso. Lá fez seu pé de meia. Ficou no Oriente entre 1991 até 1998 passando por Fujita FC, Bellmare, Kashiwa Reysol e Verdy Kawasaki.

A Ferroviária enviou nota lamentando a morte do ex-atleta e ex-treinador do futebol brasileiro.

Nicanor 49Como treinador ficou sete anos no futebol japonês, onde fez sua vida financeira