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Analista e torcedora: Roberta Batista comentou sobre a sua ausência no comando da Ferroviária

Treinadora ficou afastada da área técnica após ter testado positivo para covid-19, mas colaborou para a vitória diante do Santos

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Crédito: Jonatan Dutra/Ferroviária SA

A vitória da Ferroviária sobre o Santos foi diferente para uma pessoa e que não estava presente no duelo do último domingo, pelo Brasileiro Feminino.

Por ter testado positivo para covid-19, a treinadora Roberta Batista acabou sendo desfalque e deu espaço para o auxiliar Conrado Vieira comandar a equipe no triunfo diante das Sereias da Vila, encerrando um jejum de quatro jogos sem vitória.

Após testar negativo para a doença, Robertinha participou da coletiva realizada na Fonte Luminosa na última quinta-feira e detalhou como foi trabalhar à distância, sendo analista e até mesmo torcedora das Guerreiras Grenás.

“É um misto de sensações, porque você tá observando de uma câmera, de cima, e é possível observar muitas outras coisas, mas o nervosismo é ainda maior, pois você se sente bem distante. Em casa, acabei acompanhando em duas telas, uma no computador e outra pela televisão, para que eu pudesse ver os lances duas vezes para fazer o recorte das jogadas, mandar para o vestiário, onde o Conrado e comissão pudessem observar possíveis ajustes do que eu estava vendo através da transmissão”.

“Foi bem difícil. Emocionalmente, evolvida ali e até gritando. Minhas vizinhas de baixo são a Thays [analista] e a Raquel [preparadora física], então elas não tiveram problema (risos). Foi bem intenso, do primeiro ao último minuto, mas no fim deu tudo certo. Fizemos uma grande partida e conseguimos quebrar esta sequência ruim dos últimos jogos”, completou a treinadora.

Recuperada, ela estará a frente da equipe que enfrentará o Avaí/Kinderman neste domingo, na cidade de Caçador. Ela analisou o confronto e ressaltou que, além da viagem longa, outros adversários serão o clima na cidade catarinense, podendo fazer frio e ter chuva na hora da partida.

“Se trata de um adversário que podemos chamar de clássico. É uma das equipes mais tradicionais do futebol brasileiro e que, felizmente, não encerrou as atividades. Será um jogo duro, elas têm feito bons jogos e conquistado bons resultados. Então, sabemos da dificuldade em seus domínios. Além de uma viagem desgastante, parece que o clima não vai nos ajudar muito. Parece que estará bastante frio e com chuva, então vai pesar muito a questão física e vai exigir muito da gente. Vejo que a bola parada poderá ser um fator determinante para o jogo também”, declarou.

As Avaianas Caçadoras anunciaram a troca no comando técnico, saindo Rodolfo Segundo, dando lugar para a então auxiliar, Carine Bosetti, comandar a equipe. Robertinha acha que pode ser uma motivação para as atletas terem uma nova treinadora e ressaltou os cuidados que as Guerreiras Grenás devem ter, mas pensa em voltar com o resultado positivo.

“O Kindermann teve também a troca de comando, saiu o Rodolfo e entrou a Carine. Então, as jogadoras estarão bem motivadas para mostrar cada vez mais para a nova treinadora que tem condições de permanecer na equipe principal. A equipe delas também oferecem bastante resistência na questão defensiva e muitos problemas nas transições. No jogo contra o Flamengo, elas tiveram muitas oportunidades também em contra-ataques muito rápidos e bem estruturadas. Vejo isso como pontos positivos que nos trará dificuldades, mas a nossa equipe vem treinando bem e reconquistando a confiança. Vamos fazer essa viagem em busca dos três pontos”, contou.

Na classificação do Brasileiro Feminino, a Ferroviária está no G8 e ocupa a quinta colocação com 17 pontos, enquanto o Avaí/Kindermann aparece na 11ª posição com 11 pontos, a dois da zona do rebaixamento.