A noite deste domingo (29) foi especial para a Ferroviária, não apenas para a volante Nicoly, que retornou aos gramados após um ano, mas também para Conrado Vieira.
O auxiliar-técnico comandou as Guerreiras Grenás na vitória sobre o Santos, substituindo a treinadora Roberta Batista, que testou positivo para covid-19 na última quinta-feira (26). Além dela, as jogadoras Carol Tavares, Géssica e Mylena Carioca também positivaram para a doença.
Tento a oportunidade na área técnica, Vieira disse estar orgulhoso, mas não da forma como aconteceu. Ele enalteceu o trabalho feito pela treinadora e que a preleção foi um dos fatores determinantes para que as Guerreiras pudessem vencer depois de quatro jogos dentro do Brasileiro Feminino.
“É um orgulho. Eu estou a mais de dois anos aqui no clube e por um contexto, talvez até um pouco triste, a Roberta estar afastada por conta da covid, assim como outras estão afastadas por conta disso, foi tudo muito corrido. Mas, ao mesmo tempo, só foi possível [a vitória] por um trabalho de uma equipe sólida. A confiança foi essencial, tanto do clube, como no meu trabalho, da parte de coordenação e direção, foi muito importante esta confiança. E dentro da nossa comissão e atletas, tivemos que nos reinventar. Hoje [ontem], foi uma das falas na nossa preleção, de resgatarmos um brilho, da sensação da primeira vez. A vitória vem para coroar um pouco disso. Agora, temos mais tranquilidade para pensarmos na sequência”.
“A Roberta não está aqui, mas está. Ela está participando ativamente de todo o processo. A voz está um pouco murcha [risos] e pouco debilitada, mas vamos acompanhar o processo de recuperação dela. Não sei se ela estará disponível. Se estiver, ótimo, pois teremos a nossa comandante de volta. Caso contrário, nós seguiremos com o trabalho que está sendo feito. Não é só o Conrado ou a Roberta, são todos que estão aqui para que ocorra tudo da melhor forma”, completou.
Há dois anos no clube, Vieira chegou em 2020 sendo analista de campo da treinadora Tatiele Silveira e, no ano seguinte, de Lindsay Camila. Em 2022, passou a ser o auxiliar de Robertinha.
“Estas experiências foram muito valiosas para enriquecer o meu repertório. Com a Roberta, eu trabalho com ela há mais de dois anos, pois ela exercia antes a função de auxiliar e da coordenação metodológica da base. Hoje, eu faço este papel. Seja onde eu for, sempre busco contribuir”, comentou o auxiliar.
Apesar de ter feito esta função na Locomotiva pela primeira vez, Vieira já viveu experiências em outras funções, como preparador físico nas categorias de base da Ponte Preta, além de ter comandando equipes de categorias de base em clubes de Portugal.
“Já vivenciei um pouco disso em diversas funções. Quando eu chego na Ferroviária, é para ser mais uma cabeça para pensar o jogo. Então, independente de estar fora, você estar menos no campo, que é a função da análise de desempenho, nós como comissão, sempre tivemos esta troca e vivência. Todo mundo tem que entender o que está acontecendo sobre o jogo e time”
Sobre o jogo feito diante das Sereias da Vila, Vieira analisou tempos distintos das Guerreiras Grenás, onde poderia ter construído uma vantagem maior no primeiro tempo e viu o adversário crescer na segunda etapa.
“O nosso primeiro tempo foi melhor coletivamente. Tivemos algumas oportunidades e acho que poderíamos ter ficado um pouco mais com a bola. Foi uma coisa que conversamos no intervalo. No segundo tempo, o Santos também cresce e aí nós tentamos alguns ajustes para minimizar as suas ações. Acho que nem tudo resultou como gostaríamos. O mais importante era o resultado e ele veio. Agora é nova vida, novos objetivos e ver o que pode ser melhorado”
Agora, a Ferroviária inicia a preparação para o duelo diante do Avaí/Kindermann, que acontecerá no próximo domingo (5/6), às 15h, no estádio Salézio Kindermann, em Caçador/SC.
