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Ex-jogador da Ferroviária, Galdino, visita o Museu do Futebol e Esportes de Araraquara

Galdino atuou com a camisa afeana, fez sucesso no final da década de 70, e permanece na lembrança dos torcedores até os dias de hoje

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Crédito: Divulgação

Na última sexta-feira (07), o Museu do Futebol e Esportes de Araraquara Vicente Henrique Bafoffaldi recebeu a visita do ex-jogador da Ferroviária, Galdino que atuou com a camisa afeana, fez sucesso no final da década de 70, e permanece na lembrança dos torcedores até os dias de hoje.

O jogador foi recebido por Gustavo Ferreira, gerente de Documentação Histórica, Museus, Biblioteca e Acervo. Passeando pelo Museu, e observando as fotos, camisas e troféus, Galdino se emocionou ao relembrar das histórias e dos velhos amigos que deixou na Morada do Sol. “Que prazer poder estar aqui, rememorando tudo isso. Foi um período da minha carreira que eu guardo com muito carinho”, disse Galdino.

Gustavo conta que, entre uma resenha e outra, sobraram boas risadas e ótimas recordações. O ponto alto foi o momento em que o ex-ita Galponta esquerda ouviu a gravação de um de seus gols marcados pela Ferroviária, em 1979, contra o Corinthians, com a Fonte Luminosa lotada e narrado, na época, pelo radialista Wilson Silveira Luiz. “Parece que estou vendo o lance ao vivo. Tinha um buraco na barreira e eu disse: vou encher o pé. A bola passou no meio da barreira e o Jairo (goleiro do Corinthians) nem viu”.

O araraquarense e ex-companheiro de time Lavinho fez questão de recepcionar o velho amigo. “É uma alegria receber esse baixinho aqui. Foi um período que a gente nunca vai esquecer, principalmente pelas amizades que nós fizemos”, destacou Lavinho.

Após a visita ao Museu, Galdino seguiu para conhecer as dependências do Estádio da Fonte Luminosa, uma vez que depois que deixou a Ferroviária, em 1980, o jogador nunca mais voltou para Araraquara.

Do alto das arquibancadas, e no meio do gramado da Fonte, novas lembranças e novas histórias vieram à tona. “Legado de um ídolo afeano, que marcou época com a camisa da Ferroviária, e que faz parte da história do esporte araraquarense”, destacou Gustavo.

Carreira – José Galdino de Oliveira nasceu no Rio de Janeiro no dia 12 de outubro de 1954. Iniciou a carreira no Botafogo em 1971. No mesmo ano, foi campeão do torneio pré-olímpico das Olimpíadas de Munique com a seleção brasileira. Em seguida, se transferiu para o Náutico, do Recife.

Em 1973, voltou para o Rio Janeiro, para vestir a camisa do Bangu, retornando ao Botafogo meses depois. Em 1974, foi para o Vasco da Gama, conquistando o título do Campeonato Brasileiro daquele ano. Dois anos depois, após uma rápida passagem pelo Vitória da Bahia, o ponta esquerda se transferiu para o futebol venezuelano.

Em 1978, trazido pelo presidente Antônio Eugênio Nogueira da Gama, Galdino chega à Ferroviária com o aval do técnico Vail Motta. Atuando ao lado dos grandes amigos Washington, Nandes e Bispo, foram três temporadas com a camisa grená, realizando 107 jogos e marcando 19 gols. Um desses gols ficou muito marcado na memória do torcedor afeano. Diante do Corinthians, na Fonte Luminosa, o goleiro corintiano Jairo armou a barreira com cinco jogadores, mas deixou um espaço no meio, para que pudesse enxergar a bola. Galdino bateu a falta com extrema violência e a bola, passando exatamente por esse vão, estufou a rede do arqueiro que nada pode fazer.

Neste período, além das campanhas no Campeonato Paulista, o jogador também disputou a Taça de Prata de 1980, equivalente à segunda divisão do Campeonato Brasileiro.

Vale ressaltar que suas duas filhas nasceram em Araraquara, na época em que o ponta defendeu a Ferroviária. Em 1981, retornou ao futebol carioca, para jogar novamente no Bangu, cujo presidente era Castor de Andrade. Encerrou a carreira no modesto Olaria, em 1983, ajudando a equipe da capital carioca a chegar na elite do futebol do Rio de Janeiro.

Paralelamente à carreira futebolística, sob a influência do ex-craque Jairzinho, o furacão da Copa de 1970, Galdino ingressou na Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro, onde permanece até os dias de hoje, como mestre de bateria.