Na luta contra o racismo, a Ferroviária passa a contar agora com uma Coordenadora de Políticas Antirracistas. Priscila Almeida, que também é Assistente Social dentro do clube, exercerá a nova função.
A confirmação veio durante o workshop de Formação Antirracista, realizado no último dia 21, em parceria com o Centro de Referência Afro de Araraquara.
“É um cargo que vem de encontro com o trabalho que já venho fazendo, mas agora ampliando ainda mais esse processo e pensando na formação dos nossos funcionários e também pensando que não atingimos só dentro do clube, mas também fora, com nossa torcida, com Araraquara, que busca a construção de uma sociedade antirracista e acolhedora”, declarou ao site do clube.
De acordo com a nova coordenadora, o trabalho de formação antirracista é essencial para a construção de uma melhor sociedade.
“Esse trabalho é essencial, não só com os atletas, mas também com nossos funcionários. É olhar para toda essa questão, desenvolver ações antirracistas, para poder chegar onde queremos. É ser mais que uma bandeira, temos que ter ações que afirmem que estamos na busca de uma sociedade antirracista”, falou.
Agora, Almeida espera continuar o trabalho para o próximo ano, envolvendo mais os jogadores, além de outros funcionários do clube.
“Esse trabalho que começamos com a formação dos nossos profissionais, vamos continuar no decorrer do ano, em 2023, com os atletas já fazemos esse trabalho cotidianamente, mas vimos a necessidade de um trabalho também com os nossos profissionais e todos os funcionários da Ferroviária”, completou Almeida.
De acordo com o Relatório Anual do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, de 2014 até 2021, foram apresentados mais de 200 casos de incidência, sendo classificados como raciais, LGBTfóbicos, machistas e xenofóbicos, envolvendo até outros esportes e ocorrências no exterior envolvendo brasileiros.
O recorde negativo aconteceu em 2019, com 48 incidentes, envolvendo 17 estados. Em 2021, foram 33 casos em 18 estados.