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Ferroviária e as curiosidades envolvendo a Libertadores Feminina

Maiores encontros, time copeiro e só uma derrota em mata-mata: Guerreiras Grenás chegam em sua sexta participação no torneio, a quarta consecutiva, e sonham com o tricampeonato continental

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Crédito: Divulgação/Conmebol

Nesta quinta-feira (13), a Ferroviária dará pontapé para o início de mais uma Libertadores Feminina, a sexta participação em sua história gloriosa, recheada de títulos e feitos, ao longo da modalidade dentro do continente sul-americano, e vai em busca de sua “terceira glória”.

Das seis participações, esta será a quarta consecutiva, feito inédito para a história do clube e também o único do interior paulista a conseguir esta façanha.

PARA ESQUECER

Entre estas presenças, a única em que não conseguiu passar da primeira fase foi em 2016. Ostentando o título de 2015, as Guerreiras Grenás caíram em um grupo que tinha Colo Colo-CHI (atual vice-campeã na época), Estudiante de Guárico-VEN e o Uníon Española-EQU.

Comandada pela treinadora Michele Kanitz (a primeira mulher a assumir o comando do time feminino), empatou em 1 a 1 com as chilenas, perdeu para o time venezuelano por 1 a 0 e goleou as equatorianos por 5 a 1, encerrando na terceira colocação do grupo e se despediu precocemente do torneio. Meses depois, Kanitz deixou o cargo.

NUNCA TE VI E JÁ CANSEI DE TE VER

Apesar de estar em sua sexta participação, a Ferroviária nunca cruzou contra um time peruano, seja na fase de grupos ou mata-mata.

Os países que mais enfrentou ao longo desta jornada foram Chile, Colômbia, Paraguai e Equador, ambos com quatro jogos, mas o confronto contra equatorianos se consolidará na partida diante do Ñañas.

Argentina – River Plate (vitória), UAI Urquiza (empate) e Boca Juniors (?)*;
Brasil – São José (vitória) e Corinthians (derrota);
Chile – Colo Colo (vitória e empate) e Universidad de Chile (vitória e empate);
Colômbia – Atlético Huila (vitória), América de Cali (vitória) e Santa Fe (dois empates);
Equador – Espuce (vitória), Uníon Española (vitória), Deportivo Cuenca (derrota e vitória) e Club Ñañas (?)*;
Venezuela – Estudiantes de Caracas (vitória) e Estudiantes de Guárico (derrota);
Paraguai – Cerro Porteño (duas vitórias), Libertad-Limpeño (derrota) e Sol de América (vitória)
Uruguai – Colón (vitória), Peñarol (empate), Nacional (empate) e Defensor Sporting (?)*

*Enfrentará na edição deste ano

VITÓRIA INESQUECÍVEL E DERROTA FRUSTRANTE

Entre os momentos alegres e tristes dentro da história da Libertadores, a Ferroviária possui a sua maior goleada feita em 2019, quando foi vice-campeã. Ainda na fase de grupos, enfrentou o Mundo Futuro-BOL e venceu por 10 a 1, sendo a sua maior goleada até aqui.

Já na edição de 2020, as Guerreiras foram goleadas, também na estreia, por 4 a 0 para o Libertad-Limpeño, sendo a sua maior derrota dentro da competição.

MAIOR ARTILHEIRA

A atacante Nathane (hoje no Atlético-MG) é a maior artilheira grená em uma edição de Libertadores. Em 2019, ela marcou nove gols, cinco deles na goleada sobre o Mundo Futuro, sendo a principal goleadora.

Nathane foi a artilheira da competição em 2019 – Crédito: Arquivo/Tiago Pavini/Ferroviária SAF

TIME COPEIRO

Somando todos os jogos das edições, a equipe grená possui grande campanha: em 25 jogos, foram 15 vitórias, sete empates e apenas quatro derrotas, com aproveitamento de 66,6%, marcando 57 gols e sofrendo 24.

Em matas (somando a disputa de terceiro lugar), as Guerreiras possuem 11 jogos, com seis vitórias, quatro empates e apenas uma única derrota, que foi a disputa do título de 2019, diante do Corinthians.

SEIS TREINADORES DIFERENTES

O clube mantém uma certa “tradição” em seu comando técnico. Esta será a sexta vez que a equipe terá um treinador diferente, sendo que Jéssica de Lima será a quinta mulher no a ocupar o posto.

Além de Michele Kanitz, também estiveram presentes Tatiele Silveira, Lindsay Camila e Roberta Batista.

Lindsay foi campeã da Libertadores Feminina de 2020, sendo a primeira mulher a conquistá-la na história da competição e também pelo clube grená.

A MAIS JOVEM A COMANDAR AS GUERREIRAS

Em 2016, Kanitz assumiu a equipe com apenas 25 anos de idade, a mais jovem a comandar o elenco na competição e também na história do clube.

Treinadora Michele Kanitz comandou a Ferroviária, em 2016 – Crédito: Divulgação

FERROVIÁRIA DESDE SEMPRE

A volante Luana e a meia Rafa Mineira são as únicas jogadoras presentes nas seis participações da equipe ao longo da história. Curiosamente, as duas são formadas nas categorias de base do clube e conquistaram o bicampeonato da Libertadores de 2015 e 2020.

Outras três jogadoras do atual elenco também estiveram presentes nestas duas conquistas: as laterais Daiane e Barrinha, e a volante Nicoly, outra formada na base grená.

ARARAQUARENSE PRESENTE

Nicoly é a única dentro do elenco que nasceu em Araraquara e foi a primeira araraquarense a marcar dentro da competição. O feito aconteceu na Libertadores de 2020, quando a equipe goleou a Universidad do Chile por 4 a 1. Ela marcou o terceiro gol.