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Nicoly fala sobre a preparação da Ferroviária e da competitividade da Libertadores Feminina: “Está cada vez mais difícil”

Volante araraquarense vai para a sua terceira participação com as Guerreiras Grenás na história da competição

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Crédito: Tiago Pavini/Ferroviária SAF

A Ferroviária chega para a sua sexta participação, a quarta consecutiva, na disputa da Libertadores Feminina, que tem início marcado para o próximo dia 13 de outubro, em Quito, no Equador.

Em duas delas, a volante araraquarense Nicoly esteve presente, justamente nas quais as Guerreiras Grenás foram campeãs, em 2015 e 2020. Já em 2019, ela estava defendendo o Palmeiras e na edição passada, estava se recuperando de uma lesão LCA (ligamento cruzado anterior) do joelho e ficou de fora da disputa.

A jogadora de 25 anos não escondeu a ansiedade deste reencontro com a competição e espera um torneio difícil e das equipes que estão no grupo (Club Ñañas-EQU, Defensor Sporting-URU e Boca Juniors-ARG). Ela também lembrou da última conquista, quando conseguiu avançar da fase de grupos por conta do critério de desempate de gols marcados.

“O coração já começa a acelerar. É uma competição curta e não tem muito tempo para lamentar. Na edição de 2020, quem olhava o nosso começo, jamais imaginaria que a gente fosse campeã. Está cada vez mais difícil, o nosso grupo é difícil. A gente teve o Paulista para pensar, mas também colocando algumas coisas pensando na Libertadores, aí a gente tem esse tempinho pra focar nos adversários e o que a gente precisa apresentar. Cada jogo será uma final”.

“Todos os jogos tempos que pensar em vitória e as duas edições foram diferentes, mas sendo campeã. A gente não vai com outra cabeça, a não ser de ser campeã de novo. Independentemente do que aconteça do decorrer do campeonato, vamos em busca deste troféu”, analisou a volante.

Recuperada a tempo de uma lesão que sofreu na partida contra o São Paulo pelo segundo jogo das quartas de final do Brasileirão Feminino, Nicoly se emocionou e quer representar a Ferroviária e a cidade de Araraquara da melhor maneira possível.

“É indescritível o sentimento de amor e carinho por este lugar. Comecei aqui na base e falo que sou privilegiada de nascer na cidade de Araraquara porque tem esse time gigante. A gente até brinca das meninas saindo de outros lugares pra vir jogar aqui e eu tô aqui do lado da minha casa, tô com a minha família. Toda vez que entro em campo é tentando representar o meu lugar onde eu nasci, o meu sobrenome que é daqui. Então, tem algo a mais, esse carinho, essa dedicação, porque foi de onde eu saí e até me arrepia. Eu tô representando a minha cidade, o meu povo e nada melhor do que eu estar aqui pra representar e de estar tentando passar esse gostinho, esse sangue grená, para as meninas”, declarou.

A delegação grená segue viagem na noite desta segunda-feira para São Paulo e deve embarcar para o Equador na manhã desta terça-feira (4), já para fazer uma ambientação no território equatoriano por conta da altitude (2.850 metros acima do nível do mar). Neste início, a goleira Luciana, a meia paraguaia Fany Gauto e a portuguesa Suzane estarão representando as seleções durante a Data FIFA.

Na Libertadores, a Ferroviária está no Grupo B, ao lado do Club Ñañas-EQU, Defensor Sporting-URU e Boca Juniors-ARG. A estreia acontecerá no dia 13 de outubro, diante do Ñañas, às 19h15 (horário de Brasília), no estádio Banco Guayaquil.

Em premiação recorde, o campeão levará para casa US$ 1,5 milhão (aproximadamente R$ 7,8 milhões), enquanto o vice ficará com US$ 500 mil (R$ 2,6 milhões).