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Pedro Martins é apresentado e fala em ter a Ferroviária “entre as principais equipes do Brasil”

Figura conhecida dentro da Locomotiva, diretor executivo falou sobre a montagem do elenco para o Paulistão, Série D, Centro de Treinamento e Futebol Feminino

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Crédito: Divulgação

No início da noite desta quinta-feira, a Ferroviária apresentou oficialmente Pedro Martins como o seu mais novo diretor executivo (CEO) para ficar a frente do projeto instituído pela MS Sports, gerenciada pelo investidor e herdeiro das Casas Bahia, Saul Klein.

Além do CEO, Philip Klein, filho de Saul, também foi apresentado oficialmente, tendo cargo na direção financeira, sendo o intermediário do clube com o seu pai.

Pedro Martins falou do desafio de comandar novamente a Locomotiva e entusiasmado com o projeto a longo prazo apresentado por Klein.

“A oportunidade de voltar e o projeto apresentado da junção com esta nova empresa [MS Sports] e da Ferroviária que existia, sempre estruturada e muito bem organizada. Essas novas ambições, apresentadas aqui pelo Philip [Klein], me chamaram muita atenção. O que foi conversado e debatido não era apenas a montagem do elenco para disputar o Campeonato Paulista. Foi passada a visão de um clube que quer crescer, de uma maneira extremamente sustentadas, com estratégias claras, com uma forma de pensar que hoje não se vê no futebol brasileiro”, declarou o CEO.

“Não é só um projeto para colocar a Ferroviária entre as principais equipes do cenário nacional, mas que se torne um clube referência em termos de escolhas, de propósito e formação de atletas. Isso chamou a minha atenção, me motivou e brilhou os meus olhos, não por apenas ser o time da minha cidade, mas também trabalhar com gente boa, que pensam grande e por potencializar tudo que já sabemos que a Ferroviária tem”, completou.

Philip comentou sobre a chegada do mentor do projeto que surgiu, em 2017, e segue até hoje, querendo reforçar os conceitos implantados pelo clube.

“A melhor pessoa que poderia continuar este projeto Ferroviária, da mesma maneira que era feito, que ensinou e criou o clube como ele está do que o Pedro. Agradeço imensamente à ele por ter aceitado o convite. Ele tinha uma carreira promissora na Federação, então eu tenho certeza que o desafio foi o que moveu ele a vir para o projeto, seguir tudo o que foi feito e também mostrar a nossa ideia sempre reforçar toda a ideia que a Ferroviária já tem”, conta Klein.

Confira as principais abordagens feitas pela imprensa durante a coletiva de apresentação e as respostas dadas pelo diretor executivo, Pedro Martins.

VINÍCIUS MUNHOZ

– Todo processo de aquisição, fusão ou transição dentro de uma empresa se trata de uma união de pensamentos. Durante este processo, acabou-se gerando a vinda de um novo treinador, que é o Marcelo Vilar, e houve a proposta para o Vinícius Munhoz virar coordenador técnico. Como estava no planejamento do Vinícius a sua ida para o curso de treinadores da CBF e é um processo de mudança e transição, o próprio clube optou por dar este tempo para pensar e analisar se é este mesmo o cargo que lhe interessava, e ficou de dar uma resposta em seu retorno. O curso termina amanhã [sexta-feira] e depois vamos sentar e conversar para uma melhor decisão.

FUTURO DAS CATEGORIAS DE BASE DA FERROVIÁRIA

– O objetivo do clube é potencializar o que já temos aqui, com bons profissionais e métodos de trabalho. Através de um investimento consciente e sustentado, a Ferroviária quer sim se tornar uma formadora de atletas. Hoje, temos o trabalho do Marcelo Teixeira, que é um profissional reconhecido no mercado, e não tenho dúvidas de que casos como do Rodrigo Farofa [saiu do Novorizontino para o Real Madrid-ESP] e Gabriel Martinelli [saiu do Ituano para o Arsenal-ING], são resultados de processos. Daqui a pouco a Ferroviária estará colocando jogadores no mais alto nível. Hoje, o que já temos aqui, os resultados das categorias de formação, o Sub-15 este ano foi exemplar e o que a gente vem fazer é reforçar, trazer ainda mais ideias, métodos e pessoas, para fazer com que a Ferroviária não só coloque atletas em diversos clubes do Brasil, que já vem fazendo,  mas levar para as principais ligas do mundo.

CONTRATAÇÕES PARA O PAULISTÃO

– Todos os movimentos e análises são para montar um time extremamente competitivo, respeitando as características de contratação da Ferroviária. A gente preza mais pelo perfil do jogador e pela característica e potencial futuro, do que pelo nome. Continuaremos essa linha de trabalho. Óbvio que se conseguirmos trazer um jogador experiente, que tenha um reconhecimento e caiba dentro das nossas características, na Ferroviária será sempre bem-vindo.

CENTRO DE TREINAMENTO

– Isso ainda está em análise. É algo muito inicial. Tudo vai depender de qual será o espaço, o investimento, enfim. O projeto que queremos construir aqui é sustentável. Estamos pensando grande, mas vamos dar os passos de maneira muito segura e dentro de um orçamento que seja possível para o que a Ferroviária tem também hoje. Ela tem uma estrutura de receita carregada no que é uma quota de TV do Campeonato Paulista. A gente vem conversando também para ampliar as possibilidades de captação de recursos para a Ferroviária e não é porque hoje que conta com um investidor que nós não vamos ampliar as possibilidades para que a construção de um CT seja viabilizada. Está sendo debatido, mas nenhuma decisão foi tomada.

ELENCO PARA A SÉRIE D

– O que a gente vem fazendo é analisar todas as possibilidades. Existem contratações já pensando para a Série D. A gente sabe de atletas que topam o desafio e acreditam que através de um estabelecimento de um elenco competitivo eles ficam para disputar esse campeonato e buscar o acesso. Conversamos muito com a comissão técnica sobre a qualidade do trabalho. Não adianta deixarmos jogadores que não foram inscritos apenas treinando, mas um diferencial é a nossa capacidade de análise de mercado. Hoje a gente tem mais pessoas e mais ferramentas, e uma sustentação financeira melhor para ter um elenco ainda mais competitivo para conquistar este acesso.

ANA LORENA MARCHE E CAROL MELO

– A Federação [Paulista de Futebol] fez uma grande contratação [risos]. É valido e justo a ida da Lorena para este desafio. Ela está indo para uma grande casa e vai ter uma grande parceira, que é a Aline. A Lorena deixou a marca dela na história da Ferroviária. O que ela fez, não sozinha, obviamente, mas ela liderou um projeto que foi marcante para a equipe feminina. Quanto a Carol, tive a oportunidade de conversar com ela. Segue a mesma linha de trabalho, tem um perfil similar. Além de ter jogado, é uma pessoa muito estudiosa do futebol feminino e eu acredito que a Ferroviária fez uma grande contratação. O investimento no futebol feminino tem sido cada vez maior. As atletas querem vir jogar na Ferroviária e isso é um respeito que é conquistado por poucos. Hoje, a Ferroviária se coloca numa posição de conseguir analisar com muito carinho os reforços para este elenco. O lado positivo é que Lorena e Carol fizeram um caminho de transição e elas já estão se falando a bastante tempo, o que nos deixa cada vez mais seguros para que o ano de 2020 tão bom quanto 2019.

Crédito: Philip Klein (esq.), Carlos Salmazo e Pedro Martins, durante coletiva realizada na Fonte Luminosa – Crédito: Rafael Zocco / RCIA Araraquara