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‘Achei que ia morrer’, diz brasileira que sofreu estupro coletivo na Índia

Fernanda Santos e o marido viajam pelo mundo em uma moto e acampanhavam no país indiano. Além da violência sexual sofrida pela brasileira, o casal foi espancado.

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"Meu rosto está assim, mas não é o que mais me dói. Achei que íamos morrer. Graças a Deus estamos vivos", disse a brasileira violentada na Índia - (Fotos: Reprodução/Instagram)

A brasileira que denunciou ter sido estuprada por sete homens na Índia mostrou, neste domingo (3), os hematomas no rosto causados pela violência que sofreu.  O crime ocorreu na noite de sexta-feira (1º), no distrito de Dumka, localizado no estado oriental de Jharkhand — região onde a vítima viajava com o marido. Fernanda Santos e o marido Vicente Barbera viajam pelo mundo em uma moto e acampavam no país indiano. Além da violência sexual sofrida pela brasileira, o casal foi espancando pelos criminosos.

“Algo aconteceu conosco que não desejamos a ninguém. Sete homens me estupraram, nos espancaram e nos roubaram. Não levaram muitas coisas porque o que eles queriam mesmo era me estuprar. Estamos no hospital com a polícia”, disse Fernanda, no Instagram.

“Meu rosto está assim, mas não é o que mais me dói. Achei que íamos morrer. Graças a Deus estamos vivos”, emendou a brasileira.

Três homens foram presos neste sábado (2) e a polícia está à procura dos outros suspeitos. Fernanda conseguiu entrar em contato com uma patrulha policial e foi levada a um hospital. A polícia indiana abriu uma investigação sobre a violência.

Em 2022, a Índia teve uma média de 90 estupros diários, de acordo com o escritório nacional de registros criminais. No entanto, muitos destes ataques não são denunciados, devido ao estigma que muitas vezes as vítimas sofrem e também devido à falta de confiança no trabalho da polícia. As condenações raramente são emitidas e muitos casos acabam estagnados no saturado sistema judicial do país.

Entretanto, em 2012 o caso de uma estudante que foi vítima de um estupro coletivo e depois assassinada ganhou as manchetes em todo o mundo. Jyoti Singh, uma estudante de psicoterapia de 23 anos, foi estuprada, abandonada e dada como morta por cinco homens e um adolescente em um ônibus em Nova Délhi, em dezembro daquele ano.

O caso trouxe à tona os altos níveis de violência sexual na Índia e levou a semanas de protestos e a uma mudança na legislação para punir o crime de estupro com a pena de morte. (Informações da AFP)