O horário de verão visa a economia de energia elétrica
O horário de verão em 2018 deve ficar ainda menor. Depois de encurtar a prática por conta dos turnos eleitorais que ocorrem em outubro, o presidente Michel Temer atendeu ao pedido do MEC para adiar mais uma vez, agora por conta das aplicações das provas do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), que ocorrem em dois domingos, dias 04 e 11.
Em dezembro do ano passado, Temer já havia atendido a solicitação do TSE (Tribuna Superior Eleitoral) para que o horário de verão em 2018 fosse adiado para após a realização do segundo turno, que ocorrerá no dia 28 de outubro.
Com o novo decreto assinado essa semana, Temer reduz o horário de verão, que deve ser iniciado a meia noite do dia 18 de novembro.
As medidas foram tomadas levando em consideração que o Distrito Federal também faz parte da prática, se tornando o horário oficial do Brasil. Os dois eventos são nacionais e podem confundir os eleitores e estudantes que morem em estados que não participam do horário de verão.
REFLEXO
O horário de verão brasileiro é adotado nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e DF, visando a economia de energia com o aproveitamento da luz natural. Nesse período entre o início da Primavera até meados do Verão, os dias são mais longos e as noites mais curtas, dando a possibilidade de aplicação desta prática há mais de 28 anos de forma consecutiva. Porém, a medida vem perdendo lógica nos últimos anos.
De acordo com os dados fornecidos pelo Operador Nacional de Sistema (ONS), a prática no período 2016/17 rendeu uma economia de R$ 159,5 milhões de reais, menor do que o valor do ano anterior, com R$ 162 mi.
A menor economia, de acordo com a própria ONS, é uma realidade por conta do pico de energia, que antes era das 17h às 20h e hoje ocorre entre as 14h e 15, por conta de aparelhos de ar condicionado, equipamentos para refrigeração e outros consumos.
Em Araraquara, a CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz) foi procurada para informar quais são os pontos positivos e negativos da nova medida e quanto deveria ser economizado.
Em nota, a companhia informou que “como o consumo e a economia de energia são variáveis, não podemos fazer uma previsão para este ano” e que só será possível dizer qual foi a economia de energia “após fazer uma análise comparativa com os resultados obtidos ano passado. Mas, como ainda não temos os números deste ano, não é possível fazer essa comparação”.
Em 2017/18, toda a área que a concessão atende – mais de 230 municípios – a economia gerada pela prática seria suficiente para abastecer toda a cidade de Araraquara por 39 dias.