
O mercado do futebol mundial movimenta a economia global. Os gritos de gol geram milhões de dólares nos quatros canto do mundo. E quando chega a hora da maior competição do esporte começar, a Copa do Mundo, as cifras ganham valores ainda mais altos.
Segundo recente pesquisa publicada pela Confederação Nacional do Comércio Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Copa deste ano da Rússia deve movimentar mais R$ 1,5 bilhão no varejo brasileiro. E um dos setores que mais giram dinheiro junto aos amantes das quatro linhas aparece, justamente, de quatro em quatro anos: o famoso álbum de figurinhas.
Neste ano, a Panini, empresa responsável pelo produto, colocou 681 figurinhas à disposição dos torcedores que pretendem completá-lo, entre jogadores, seleções, estádios e escudos licenciados.
Mas para o colecionador, é preciso separar uma boa grana para isso. O valor do pacotinho com cinco cromos aumentou de R$ 1 para R$ 2 em relação ao último Mundial, no Brasil, em 2014. Segundo a Panini, o preço subiu 100% por conta dos valores de licenciamento das federações e jogadores, além da desvalorização do dólar, o que forçou o reajuste.
Mesmo assim, isso não afastou os fanáticos pelo colecionismo. A reportagem da Revista Comércio, Indústria e Agronegócio esteve no mais tradicional ponto de venda e troca de figurinhas da cidade, a banca localizada dentro do Parque Infantil, para conversar com o proprietário Claudomiro Pedroso, que dos seus 66 anos de vida, coleciona 26 deles trabalhando no local. Segundo ele, seu fluxo de Mesmo assim, isso não afastou os fanáticos pelo colecionismo. A reportagem da Revista Comércio, Indústria e Agronegócio esteve no mais tradicional ponto de venda e troca de figurinhas da cidade, a banca localizada dentro do Parque Infantil, para conversar com o proprietário Claudomiro Pedroso, que dos seus 66 anos de vida, coleciona 26 deles trabalhando no local. Segundo ele, seu fluxo de Claudomiro, dono da Banca do Parque Infantil há 26 anosvendas simplesmente triplicou desde o início da comercialização dos álbuns e figurinhas, no mês de março. “Engana-se quem pensa que esta crise afastaria os fanáticos colecionadores. Ela em nada afetou. O movimento por aqui está bem legal, com intenso fluxo diário”, diz o comerciante que preferiu não revelar valores.
Além das vendas dos pacotinhos, uma demanda que ganhou vida neste Mundial da Rússia é a compra do álbum completo. “Eu mesmo vou montando, o deixando completinho. Já tive algumas encomendas do tipo. Também vendo bastante o álbum de capa dura, que é mais caro, além da grande quantidade de pacotinhos. Já teve gente que fez encomenda de R$ 1 mil”, conta.
O fisioterapeuta Felipe Masiero, 30, é um desses amantes do colecionismo. Seu primeiro álbum foi da NBA temporada 1995-1996. “Meu pai chegou em casa e me deu de presente. Lembro como se fosse ontem colando as figurinhas e ficando impressionado com as cromadas, que tinham os símbolos das equipes”, recorda.
A partir daí, Masiero tomou gosto. Da Copa do Mundo, seu primeiro álbum completo foi de 2006, quando a competição ocorreu na Alemanha. “Lembro bem que ficou faltando uma figurinha e era um jogador dos Estados Unidos. Um amigo pegou essa figurinha e me falou que a trocaria por cinco figurinhas minhas. Dei um bolo de figurinhas que tinha em troca da que faltava pra mim. Devia ter umas cinquenta”, conta o fisioterapeuta que já fechou seu álbum da Copa da Rússia 2018.
TROCANDO FIGURINHAS
Aos fins de semana, o perímetro no qual a Banca do Parque Infantil está localizada, fica simplesmente lotado de crianças e adultos que querem trocar suas figurinhas repetidas. Para garantir mais conforto para o pessoal, Seo Claudomiro comprou mesas e cadeiras. Essa ideia começou em 2002, de maneira natural, durante a Copa do Mundo disputada no Brasil.
“Aos fins de semana e feriados, chega a ter mais de 500 pessoas por aqui. Vem muita gente da região também, de cidades como Taquaritinga, Matão, entre outras. O ambiente é muito gostoso, enquanto os “Aos fins de semana e feriados, chega a ter mais de 500 pessoas por aqui. Vem muita gente da região também, de cidades como Taquaritinga, Matão, entre outras. O ambiente é muito gostoso, enquanto os filhos ficam nas mesas, alguns pais vão caminhar no parque, sem contar que o pessoal também consome produtos variados aqui na banca, de uma água ao jornal do dia, por exemplo”, finaliza o comerciante.