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Ataques, contra-ataques e magoas deram o tom na Sessão da Câmara desta terça-feira (9)

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Sessão Elton

Sessão Elton

O vereador Delegado Elton Negrini (PSDB), abriu seu pequeno expediente falando sobre as visitas feitas pela base governista,  anteriormente oposição  à Barbieri, ao Ministério Público, já que uma nota do governo petista, creditou a bancada Tucana politicagem, após eles irem ao MP pedindo providências acerca de questionamentos feitos por eles e não respondidos adequadamente. 
Sem a menor cerimônia soltou a bomba que o Ministério Público teria acatado seu oficio, contestando a contratação de Aluisío Braz o Boi, para a ouvidoria da Câmara com indicação do presidente Tenente Santana. Agora ambos serão investigados e Santana corre o risco de incorrer em improbidade administrativa.

Sessao 11

Thainara Faria (PT), que chegou de Nova York, onde participou de um simulado de convenção da ONU,  pousou na Câmara, dando voadora.  Esbarrou em Negrini afirmando que não sabia que poderia falar sobre outras atividades que não competem à Câmara, referindo-se ao fato do delegado ter explanado na sessão sobre uma apreensão feita por ele, enquanto delegado.
Disse que acompanhou as sessões enquanto estava afastada, com muita tristeza, já que o púlpito da Casa teria sido usado por Rafael de Angeli , como um palco para teatro, onde subiu na semana passada com repelente e raquete mata mosquito.
Falou também sobre o mascote que pretende trazer para explorar economicamente, onde ele trará recursos para os desempregados “isso é sério, isso é trabalho com resultado para a cidade de Araraquara”- afirmou a Edil.
Disse ainda, que é fácil jogar o problema da dengue nas costas do Executivo, atacando também a bancada do PSDB que foi até o dengário fiscalizar, mas não trouxe resultado efetivo para acabar com o mosquito da dengue . – Convenhamos que de efetivo, nem mesmo o Executivo trouxe até o momento.
Será que o mau humor da vereadora se deve ao fato de ela não ter visitado o Soho para compras na Prince Street ? I’d be grumpy too.

Rafael sessao

Rafael de Angeli (PSDB) por sua vez, não deixou barato e disse “teve repelente sim, teve raquete mata mosquito sim”, se queixou que foi desrespeitado por Paulo Landim (PT), quando o chamou de “moleque e palhaço” e que no seu entendimento ele desrespeitou também todos os munícipes, assim como vem fazendo todos que estão à frente desta administração. “Com relação a dengue, ao Gigantão, ao Teatro Municipal, ao Botânico, as praças de nossa cidade, ao IPTU, ao PGV, as novas leis quem podem chegar a R$ 50 mil reais para quem não tiver calçada, ao ISSQN que vem sendo cobrado, alguns chegam a R$ 5 mil, isso tudo vamos levantar aqui na sessão e se precisar trazer raquete e repelente para cada vereador, traremos e daremos também para o prefeito. Pois uma ação de combate a dengue a longo prazo deveria ter sido feita e estamos estudando o que outras cidades tem feito para trazermos para Araraquara”.
Falou ainda sobre a morte de um rapaz na semana passada, que caiu no Córrego do Ouro devido a falta de segurança, onde ele faz pedidos ao Executivo desde 2017, mas não foi atendido por falta de verba. “Se não tem verba as pessoas vão continuar a morrer na Via Expressa, e de Dengue”, afirmou ele.

sessao 111

Tenente Santana (MDB) falou sobre a representação de Negrini ao MP, onde o Promotor agora irá apurar a indicação de Aluisio Braz o Boi para Ouvidoria da Câmara.
Disse que está amparado pela Constituição Federal e na Lei Municipal que foi aprovada pela Casa em 2017 por unanimidade, inclusive por Dr. Elton.
Perguntou ainda ao vereador Tucano, onde ele estava quando Jeferson Yashuda se envolveu no caso do uso do carro oficial em Matão de bermuda em um consultório médico “para um o senhor usa um pedaço de pau, para outro uma metralhadora. Porque não denunciou seu companheiro de partido na época”? 
O presidente da Casa peitou o delegado e chamou para o embate, falou sobre o trabalho que Boi vem desenvolvendo e disse que em poucos dias já tem mais de 40 demandas, inclusive de vereadores. Bateu no púlpito e disse que fará revelações do porque está sendo pressionado. Ressaltou que jamais um fato na Casa foi levado ao MP, sem antes ser conversado, “eu agi dentro da lei”. 
Sobre a tese da impessoalidade, ressaltada por Negrini em seu oficio ao MP, Santana questionou que; se caso o delegado recebesse uma denuncia de Porsani que é de seu partido, não levaria adiante? “Se o senhor não acatar estará prevaricando. Se a justiça achar que eu errei, não tenho problema em assumir responsabilidade, se a Casa estiver descontente, deixo até minha cadeira de presidente, mas não me trate como bandido porque não sou, fiz uma nomeação de uma pessoa honesta, competente, que conhece a Casa, vou responder o Inquérito Civil e se acharem que estou errado, volto atrás, mas não venha dar uma de bom e prevalecer em cima de mim que eu não vou aceitar mais não, o senhor teve muitas oportunidades para ir ao MP e não foi”- finalizou o Presidente, que arrancou aplausos da platéia que acompanhava a sessão.  – Deixou no ar um “pode vir quente que eu estou fervendo”.
Mas o melhor da noite, foi a carinha de assustada e o cuidado de Juliana Damus (PP), que sucedeu o presidente no pequeno expediente , com cara de paisagem – tipo “oi posso falar, não estou brava, juro”.

Edio sessao 1

Edio Lopes (PT), que convalescia de uma cirurgia, usou seu tempo de pequeno expediente para também se dirigir ao delegado Negrini, e dizer que nunca escondeu o fato de se sentir incomodado por ele estar armado nas sessões. O petista se magoou com a colocação do delegado quando disse que ele não tinha vergonha na cara. “Meu filho veio me perguntar o que eu tinha feito para que você falasse assim a meu respeito, perguntou também porque eu teria que pendurar uma melancia no pescoço e sair andando, meu filho tem 12 anos, mas eu expliquei que foi porque eu defendi meu ponto de vista e porque vivemos em uma democracia” – lamentou o petista.
Não se furtou em falar sobre os parlamentares que afirmaram que um dos integrantes do governo, o líder do PSL, Delegado Waldir (PSL-GO), estaria armado em plenário, o que contraria o regimento do Parlamento em Brasília. – Vai que cola.
“Faça o debate comigo, eu vou te ouvir, mas não me ofenda, pois levei para o lado pessoal, não faça isso, eu trato aqui todos com respeito e também gostaria de ser tratado da mesma maneira, poderia até trazer a melancia, mas comeria lá na cozinha, não penduraria no pescoço”- finalizou Edio.
Deixou a tribuna da casa, visivelmente magoado.