Projeto pode trazer problemas para a nossa economia
A Associação dos Fornecedores de Cana de Araraquara (Canasol), entidade que defende o setor canavieiro na região de Araraquara, contestou nesta manhã de terça-feira (12) o projeto de lei do vereador petista Edio Lopes que proíbe a aplicação aérea de defensivos agrícolas no município. O citado projeto será apreciado na sessão desta tarde na Câmara Municipal pelos vereadores e colocado em votação.
Em nota divulgada ainda nesta manhã, a diretoria da Canasol, revela que “essa é mais uma iniciativa desastrada e demagógica que tenta enganar a população propondo soluções inadequadas para uma atividade que já é regulamentada pela Legislação Federal”.
Falando em nome dos diretores, o presidente da Canasol, Luís Henrique Scabello de Oliveira, diz que considera o projeto inconstitucional pois proíbe atividade permitida e regulamentada legalmente.
Segundo ele, até as entidades representativas de apicultores e produtores de mel colocam-se contra essas iniciativas.
O dirigente também considera que a saída para a solução de certos problemas sempre foi e sempre será, o diálogo, jamais o confronto. Contudo, não foi esse o caminho trilhado pelo autor da lei, o vereador Edio Lopes.
Luís Henrique que também é engenheiro agrônomo, explica ainda que, a cana-de-acúcar é uma das culturas que menos aplica defensivos por via aérea e uma das que mais utiliza o controle biológico de pragas. Contudo, há situações em que o controle através de defensivos é imprescindível até que a pesquisa não oferecer uma alternativa. No final da nota, Luís Henrique, pede aos vereadores que o projeto seja retirado da pauta para que haja um diálogo entre as partes.
SINDICATO ENTRA NA PARADA
Ainda nesta manhã o Sindicato Rural de Araraquara, o SENAR-SP pela sua coordenadoria regional e a própria FAESP, Federação de Agricultura do Estado de São Paulo, não silenciaram e decidiram apoiar a Canasol neste movimento, considerando o projeto de Edio Lopes como inconstitucional e descabido. Além disso, entendem que o vereador contraria dispositivos legais e de forma absurda quer barrar o direito do trabalho aprovado por dispositivos técnicos. “Estamos juntos com a Canasol nesta empreitada e com os produtores rurais”, argumentou João Henrique de Souza Freitas, diretor do Sindicato Rural e também coordenador regional do SENAR-SP.