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Elton Negrini cria Semana de Sensibilização às Perdas Gestacionais e Neonatais

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foto sensibilizacao

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Após se encontrar com mães que sofreram com a perda gestacional, o vereador Dr. Elton Negrini (PSDB) se sensibilizou com suas histórias e resolveu criar um projeto de lei que institui no Calendário Oficial de Eventos do Município de Araraquara a Semana de Sensibilização às Perdas Gestacionais e Neonatais.

Na quarta-feira (14), o parlamentar recebeu em seu gabinete mães do Grupo Transformação para conversar sobre perdas gestacionais e neonatais. Perla Fragioti, que perdeu a filha recentemente, luta para que as mães que passam por esse sofrimento tenham direito à licença-maternidade.

“A volta imediata ao trabalho é uma fuga, a mãe engole e não trata a sua dor, não vive o seu luto. Além disso, estávamos grávidas! Todas as mudanças fisiológicas que ocorreram na gestação não somem imediatamente. Temos que lidar com a dor emocional, as dores físicas do parto, do secar o leite, as mudanças hormonais, enfim, também precisamos deste tempo, a licença chama-se gestante, pois não se refere somente aos cuidados com os bebês”, explanou Perla.

A Semana de Sensibilização às Perdas Gestacionais e Neonatais, a ser realizada anualmente na semana que compreende o dia 15 de outubro, poderá ser celebrada com reuniões e palestras para aumentar a conscientização sobre o impacto emocional da morte nos períodos pré, peri e neonatal na vida da família, bem como que promovam a humanização do atendimento nos serviços de saúde, com o oferecimento de apoio multiprofissional às mulheres.

Negrini disse que tal projeto se faz necessário por conta do tabu que existe em torno da morte de um bebê. “É merecida e justa a semana de sensibilização, uma vez que as perdas gestacional e neonatal são fenômenos mais comuns do que se possa imaginar. Estima-se que a prevalência da perda gestacional varia entre 15 e 20% das gestações clinicamente diagnosticadas, atingindo até 30% das gestações com diagnóstico bioquímico.”

“Tal situação traz reflexos não só à mãe, mas também aos filhos já nascidos, ao pai do bebê, amigos, colegas de trabalho e a todos que convivem com a família fragilizada. Sendo assim, é necessário que as pessoas estejam preparadas para lidar com o tema, de modo que possam oferecer uma rede de apoio consistente e atuante. Para isso, precisamos que o tema seja amplamente divulgado e discutido”, finalizou o parlamentar.