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Empresas de Agronegócios passam a contar com o selo “Agro+ Integridade”

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banneraderentesOs casos de corrupção e fraudes em empresas dos setores público e privado ocorridos nos últimos anos levaram o mercado brasileiro a uma nova realidade. Transparência e ética se tornaram elementos não apenas desejáveis, mas também pré-requisitos fundamentais para o estabelecimento e evolução dos negócios. Por isso, as empresas correm agora contra o tempo no intuito de adequarem suas operações às novas exigências do mundo corporativo e da sociedade em geral.

Seguindo essa tendência, chega a vez do setor de Agronegócios – segmento responsável por um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro – se adaptar à nova realidade do mercado. Lançado no fim do ano passado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o selo “Agro+ Integridade” destina-se a premiar empresas do setor Agrícola que, reconhecidamente, desenvolvam boas práticas de gestão, ética e sustentabilidade.

“O projeto federal visa reforçar a retomada da confiança do mercado nacional e internacional no Agronegócio brasileiro, que foi muito impactado pelos escândalos de corrupção dos últimos anos. Por enquanto, a obtenção do ‘Agro+ Integridade’ não é obrigatória, mas com certeza as empresas que se anteciparem na obtenção do selo sairão na frente na disputa por novos contratos ou na participação de concorrências públicas, fomentando, inclusive, a retomada das exportações”, afirma Paulo de Tarso.

Entre as vantagens competitivas que as companhias com o selo “Agro+ Integridade” desfrutarão estão: melhoria na imagem da empresa, tanto no mercado interno, quanto no internacional; diferencial competitivo para continuidade dos negócios e alavancagem de novos projetos e parcerias comerciais; antecipação a uma possível nova exigência do mercado sobre a obtenção de uma certificação padronizada; fixação do símbolo nos produtos da empresa, chancelando a qualidade de sua gestão e operação; e atendimento à crescente demanda por fornecedores com maior responsabilidade socioambiental.

Habilitação baseada em cinco pilares

Para obter o selo “Agro+ Integridade”, que terá validade de um ano, as empresas serão avaliadas sob a ótica de cinco principais pilares: ações anticorrupção; cumprimento à legislação trabalhista; gestão sustentável; sustentabilidade; e exigências setoriais.

“As empresas deverão comprovar a existência de um programa de compliance, que inclua Código de Ética ou de Conduta aprovado pela sua diretoria ou pelo conselho administrativo, assim como de um Canal de Denúncias efetivo. Será preciso também comprovar ser signatária do Pacto Empresarial pela Integridade e contra a Corrupção, promovido pelo Instituto Ethos; não estar relacionado na Lista Suja do Trabalho Escravo ou Infantil; e ter certidão negativa de crimes ambientais, entre outros requisitos. Para conquistar o selo, as companhias deverão adequar suas estruturas para atender às exigências da certificação”, explica o sócio da Deloitte.

As inscrições para participar da avaliação destinada à obtenção do selo “Agro+ Integridade” vão de 1º de fevereiro a 31 de maio deste ano e deverão ser feitas pelo endereço eletrônico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) – http://www.agricultura.gov.br/agromais/. Após quatro meses de análise dos documentos de habilitação apresentados pelas empresas, o resultado com as companhias certificadas será divulgado no dia 30 de setembro e a entrega do selo acontecerá no Dia da Agricultura, em 17 de outubro.

O processo de avaliação dos concorrentes será conduzido por um comitê gestor liderado pelo MAPA e integrado por empresas como o Instituto Ethos, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), entre outras.

“O selo ‘Agro+ Integridade’ é um marco na história do Agronegócio brasileiro. Trata-se de uma oportunidade única de conscientizar as empresas do setor sobre seu relevante papel no enfrentamento às práticas corruptas e antiéticas, reconhecendo atuações pautadas na ética e na sustentabilidade, como sempre deveria ser”, finaliza Paulo de Tarso.