Dovílio Rodrigues, recebendo o título de Cidadão Araraquarense em 2012 de José Carlos Porsani
Foi sepultado nesta segunda-feira (9) em Araraquara o poeta e escritor Dovílio Rodrigues, figura das mais queridas da comunidade.
Em 2012, pelo tanto que fez por sua terra, ele que também também foi um dos mais expressivos fotógrafo da Polícia Técnica e barbeiro nas horas vagas – recebeu o título de Cidadão Araraquarense em sessão solene realizada em 4 de outubro, no teatro do SESC. A homenagem partiu de projeto do vereador José Carlos Porsani aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal.
Porsani afirmou que “pelo seu currículo, tenho absoluta convicção de ter acertado nessa homenagem”. De acordo com ele, Dovílio “sempre se destacou em todas as atividades com dedicação e honradez”. Destacou o trabalho social desenvolvido pelo poeta. “Poucas pessoas se dedicam e se doam em favor dos mais necessitados como você o fez voluntariamente”, disse.
O vereador citou a atuação do homenageado como desportista, jornalista, na literatura e no campo religioso. “Ficaria horas falando sobre suas atividades e por sua trajetória de vida em nossa cidade, fez por merecer esta justa homenagem. Sinto-me honrado em tê-lo como amigo e agora recebê-lo como cidadão araraquarense”, discursou.
Porsani também contou histórias da época em que conheceu o homenageado, como as brincadeiras com os cortes de cabelo e outras. Lembrou que o escritor é praticante de jogos de tabuleiro, como damas e xadrez, e disse que quando jogavam, mesmo com o dobro das peças “o Dovílio sempre ganhava de mim”.
BOM HUMOR E HISTÓRIAS
Natural de Matão, Dovílio veio para Araraquara em 1950, quando tinha 14 anos. Trabalhou como barbeiro, na Secretaria Municipal da Educação e foi técnico policial no Instituto de Criminalística e foi colunista social e cronista em jornais da cidade (O Imparcial e O Diário da Araraquarense), além de ter publicado três livros ter outros dois acabados à espera de publicação.
Bem humorado e sorridente, o homenageado recordou-se de histórias e de momentos vividos na cidade desde sua chegada. Citou pessoas conhecidas com as quais conviveu, como Cristo e Pedro, do Imparcial, e o artista plástico Ernesto Lia; e personagens folclóricos e populares, como Lua, Cantinflas, Zuluaga, Rivas, Sabugo, Pemba e dona Xepa.
Contou histórias engraçadas, como a do bode ‘cheiroso’ que andava por toda cidade em busca de cabras para cruzar e acabou sendo utilizado como ‘outdoor’ ambulante por comerciantes, que pregavam placas com suas ofertas no pescoço do animal.
Já agraciado como novo Cidadão Araraquarense, Dovílio Rodrigues concluiu afirmou naquela noite que “Araraquara é a mãe que me adotou, me fez crescer, me educou e me ensinou a conviver harmonicamente com seus filhos; por isso esse é um momento de alegria e muito significante”.
