Movimento deve acontecer nesta terça em todo país chamando atenção do Supremo
Araraquara também está se mobilizando nesta terça-feira, a partir das 19h30 no Parque Infantil Leonor Mendes de Barros, para realizar um ato contrário à revisão da prisão após a condenação em segunda instância e cujo efeito naturalmente livraria da cadeia o ex-presidente da República, Luiz Ignácio Lula da Silva e um amontoado de políticos, empresários e criminosos já condenados pela Justiça.
O que vai acontecer hoje em nossa cidade não se trata absolutamente de uma ação isolada e deve ocorrer em mais de 100 cidades espalhadas pelo Brasil, segundo o movimento Direita São Paulo, estampado nas redes sociais. A manifestação tem um objetivo direto: anulação do recurso de habeas corpus emitido pela defesa de Lula que tenta impedi-lo de cumprir a pena de 12 anos e um mês na prisão. Ele é acusado pelos crimes de lavagem de corrupção e lavagem de dinheiro.
Ontem a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Cármen Lúcia Antunes fez um chamado para os cidadãos em prol da “serenidade”, a fim de evitar “desordem social”. A fala aconteceu pouco antes da sessão que pode decidir se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será preso ainda nesta semana.
“Vivemos em tempos de intolerância e intransigência contra indivíduos e instituições, por isso é um momento em que você tem que perguntar a serenidade, que as diferenças ideológicas não são uma fonte de desordem social”, disse ela em uma mensagem oficial divulgada pela TV Justiça, canal estadual coordenado pelo STF, algo que não acontece com a assiduidade
A representante do mais alto órgão judicial do Brasil ressaltou que as ideologias não devem causar “inimizades sociais” e que a liberdade deve sempre ser expressa em relação ao outro.
“O Brasil merece respeito, o Brasil é todo cidadão que deve ser honrado em seus direitos, garantindo a integridade das instituições responsáveis por garanti-los”, acrescentou.
A ministra não fez referências específicas, mas a declaração veio antes do STF julgar um recurso de habeas corpus (pedido para avaliar a legalidade de uma prisão) preventiva interposto pela defesa do ex-presidente Lula.
Lula já foi condenado por supostos delitos de corrupção. Se nesta quarta-feira a Suprema Corte rejeitar o habeas corpus, a Justiça poderá decretar sua prisão imediatamente.Por outro lado, se o recurso for aceito, Lula poderá permanecer em liberdade até que todos os recursos sejam resolvidos nas instâncias superiores: o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o próprio STF.