Incêndios criminosos na região do Ouro causam prejuízos aos produtores pois as usinas não recebem cana queimada
Vários focos de incêndio – tipicamente criminosos – foram observados a partir desta sexta-feira (22) cedo na região da antiga Estação do Ouro. Em sendo sequenciais e distantes entre si, o quadro reforça com clareza a suspeita de serem propositais.
Autoridades ligadas ao setor revelam que não é somente na região do Ouro que isso ocorreu nesta sexta-feira: havia focos também em Santa Lúcia e Rincão como se fosse uma ação orquestrada dos criminosos.
Neste ano, entidades como a Associação dos Fornecedores de Cana e Sindicato Rural, ambas de Araraquara, se juntaram em uma campanha com o apoio da Polícia Ambiental, visando conscientizar a população sobre os riscos causados pelos incêndios na zona rural e também no perímetro urbano.
Ao lançar a campanha em junho, o presidente da Canasol, Luís Henrique Scabello de Oliveira já havia feito um alerta dizendo que “a estiagem e o longo período de seca tão comum nesta época do ano são os principais fatores para o aumento da ocorrência de incêndios tanto na zona rural como na cidade”. Entretanto as ações criminosas começaram mais cedo do que se previa, alertando as autoridades para os riscos em que a população está exposta. “Nosso movimento visa mostrar à população, que queimadas no campo ou incêndios na cidade são prejudiciais para todos”, destacou o presidente da Canasol.
A falta de chuva e a baixa umidade relativa do ar, a vegetação seca se torna um combustível perigoso para que ocorram incêndios de grandes proporções e capazes de destruir lavouras inteiras, trazendo prejuízos para os produtores e para o meio ambiente, atingindo a comunidade como um todo.
Foi pensando justamente nas consequências desastrosas que um incêndio possa provocar e buscando prevenir tais ocorrências, que a Canasol e o Sindicato Rural decidiram investir em uma campanha de orientação, prevenção e combate de incêndios nos canaviais e nas demais áreas de vegetação nativa, terrenos baldios, margens de rodovias e estradas municipais.
Para isso, as entidades com o apoio da Polícia Ambiental têm divulgado através do Jornal da Morada, que tem como âncora o jornalista José Carlos Magdalena, medidas que visam minimizar os danos e os prejuízos ocasionados por incêndios.
Com relação à população de maneira geral, ela deve colaborar não queimando lixo em terreno baldio, evitar jogar bituca de cigarro ou qualquer outra situação que possa provocar fogo às margens de rodovias e estradas. Deve ficar atenta e em caso de incêndio, acionar o Corpo de Bombeiros com urgência, destaca Guilherme Lui de Paula Bueno, técnico florestal da Canasol.
Incêndios nas margens das estradas começaram nesta sexta-feira (22)