
Estudantes, professores e funcionários de universidades públicas e Centrais Sindicais, voltaram às ruas nesta quinta-feira (30) para protestar contra o contingenciamento de recursos no orçamento da educação promovidos pelo governo do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com a União Nacional dos Estudantes (UNE), à frente da organização, estão programados 150 atos em todas as unidades da federação e no exterior. O objetivo é reunir um número ainda maior de pessoas do que os milhares que se manifestaram no último dia 15 de maio e também dar uma resposta à manifestação a favor de Bolsonaro no domingo 26.
O governo alega que os contingenciamentos, de cerca de 30% na verba discricionária das universidades (em torno de 3,5% do total), são reflexo da crise fiscal da União, que deve ter novo déficit em 2019.
Em Araraquara a concentração aconteceu na Praça Santa Cruz – Centro, reunindo cerca de mil pessoas que portavam cartazes e faixas contra a reforma da Previdência e o corte de recursos para a Educação. Houve também aula ao ar livre e discursos durante o ato, que chamavam os manifestantes para uma greve geral que está marcada para o dia 14 de junho.
Os manifestantes percorreram as ruas centrais da cidade entoando gritos de ordem.
A UNE informou que atos ocorreram em 60 cidades na manhã desta quinta-feira. Segundo a entidade, 50.000 pessoas protestaram em Salvador e 30.000 no Distrito Federal. Municípios menores, como Araraquara (SP), São Carlos (SP), Caruaru (PE), Vitória da Conquista (BA), Iguatu (CE) e Luiziânia (GO) também tiveram atos, segundo a entidade. A UNE aguarda as grandes mobilizações no período noturno em São Paulo, no Largo da Batata, e no Rio de Janeiro, na Cinelândia.