Marcão ficou algumas horas desaparecido
De acordo com familiares o ex-centro avante da Ferroviária Marcão foi localizado no início da tarde de hoje no Terminal Rodoviário. Ele havia acabado de desembarcar de um ônibus que o trouxe da capital paulista, onde foi dado como desaparecido em função do seu quadro de Alzheimer, doença diagnosticada no mês passado.
Marcão, um ídolo da Ferroviária nos anos 80, seguiu para São Paulo neste domingo (15) para adquirir confecções em uma feira. Era madrugada ainda. A esposa de Marcão foi ao banheiro e ela não conseguiu encontrá-lo tão logo retornou. Desesperada o procurou, mas sem sucesso. Somente hoje quando foi ao Terminal para pedir auxílio e deixar contatos com a esperança de que reaparecesse, ele acabou desembarcando para a felicidade de todos.
Em junho durante uma consulta, a doença foi apontada nos exames realizados e Marcão iniciou o acompanhamento médico.
A família agradece a colaboração de todos, principalmente dos internautas, tornando possível rapidamente a divulgação do seu desaparecimento. Felizmente, Marcão já está de volta ao convívio do seu lar.
O JOGADOR
Nascido em Americana (SP), no dia 10 de maio de 1954, Marcão começou a carreira nos juvenis da Ponte Preta, que na época tinha o técnico Cilinho (campeão paulista pelo São Paulo em 85 e 87). Chegou a jogar por empréstimo no Figueirense, em 73, e na Sociedade Esportiva Guaxupé (MG), em 75, antes de ser negociado em definitivo com o América Mineiro, também em 75.
Marcão, que tem mais de dois metros de altura, transferiu-se para o XV de Jaú (SP), em 80. Depois atuou pelo Noroeste, em 81, Inter de Limeira, em 82, Vitória, em 82, e Ferroviária, antes de ser contratado pelo São Paulo.
“O time da Ferroviária foi muito bem e o seu José Poy, que na época dirigia o São Paulo, indicou a minha contratação”, comentava o jogador. Pelo Tricolor do Morumbi, Marcão fez um gol que pouco adiantou na final do Campeonato Paulista de 83 contra o Corinthians. A partida terminou 1 a 1 e o alvinegro ficou com o título.
Após jogar pelo São Paulo, Marcão continuou sua vida de “nômade” no futebol brasileiro. Ele atuou pelo América do Rio, em 84, no Araçatuba, em 85, antes de retornar para a Ferroviária, ainda em 85. “A Ferroviária chegou à semifinal do Paulista. Foi um bom momento”, dizia Marcão, que chegou a vestir a camisa da Ferroviária ainda em outros anos: 1986, 88 e 92.
Marcão ainda jogou, novamente, pelo Guaxupé, em 89, no União Suzano, em 90, e no São Caetano, em 92 com o Serginho Chulapa e Paulinho Kobayashi”..
Como técnico, o ex-centroavante trabalhou na Ferroviária, Rio Branco (SP), Anapólis (GO) e Guaxupé (MG).
