Sob tumulto e tensão, sessão da Câmara Municipal foi ofuscada pela discórdia e bate-boca por conta da troca de gabinetes entre vereadores
Nem um mês após comentar que a Câmara Municipal seria o caminho da paz, o presidente Tenente Santana teve que se deparar com cena inusitada na primeira reunião de 2019: a disputa por gabinetes, tendo em vista a mudança ocorrida com a escolha da nova Mesa Diretora no começo do ano.
Ao assumir a primeira secretaria este ano, o vereador Lucas Grecco (PSB) subiu o tom ao exigir que Jéferson Yashuda (PSDB) saísse do segundo andar para que ele viesse a ocupar a sala do antigo presidente. A imposição contudo esbarrou no tradicional “daqui não saio daqui ninguém me tira” e Yashuda, dentro da calma costumeira e fala mansa arrematou: “Vou ficar aqui”.
Com o episódio acontecendo pouco antes da sessão começar o vereador Lucas Grecco que é evangélico sentiu-se tomado pela ira e sob o tom de ameaça prometeu a Yashuda, que o assunto iria parar no pequeno expediente.
Formada a confusão, entrou em cena o “deixa disso” e o que fora prometido não aconteceu: Lucas Grecco, baixou a bola, não se manifestou contra a decisão de Yashuda permanecer onde está, no segundo andar ao lado da sala da presidência.
Alguém que circulava pelos corredores da Câmara chegou a dizer que “não é porque subiu de função dentro da Câmara, assumindo a primeira secretaria, que deve deixar o térreo e subir para o lugar do outro que está acomodado. Ambos, neste caso, estão acomodados e seria trocar seis por meia dúzia”.
É bom lembrar que o gabinete no segundo andar, embora menor que a sala de Lucas Grecco no térreo, é mais cortejado: janelas para a rua, de onde se aprecia o cenário lindo da cidade nos fins de tarde.
Nota da Redação: Aos políticos podemos dizer – o importante não é a sala; o importante é o que se tem dentro dela. (Texto similar ao provérbio: “Ser feliz não é possuir tudo, mas ser grato a Deus pelo que possui”).
