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Para o varejo paulista o melhor Natal desde 2008

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Varejo 62

Neste 24 de dezembro, último dia de vendas para o Natal e quase fechamento de 2018, os primeiros sintomas são de crescimento: um alívio para o varejo

Varejo 622018 representa a continuidade e a consolidação do ciclo de recuperação de vendas

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) estima que o varejo paulista deverá encerrar o ano com o crescimento de 5% em 2018, o que significa uma expectativa de faturamento real das vendas de R$ 682,7 bilhões, valor de R$ 34,1 bilhões maior em relação a 2017. A última queda mensal real registrada pelo varejo paulista foi em outubro de 2016, o que evidencia a consolidação da trajetória de crescimento.

De acordo com a FecomercioSP, o comércio varejista no Estado de São Paulo mostrou ao longo de 2018 a continuidade e consolidação do ciclo de recuperação de vendas ocorrido entre 2014/2016. Em todos os meses, foram registrados índices de expansão do seu faturamento real em comparação aos mesmos períodos de 2017 em níveis expressivos, indicando que o processo permanece em curso e com tendência de prosseguir nesse ritmo pelos próximos meses. Na análise da Entidade, até setembro, a taxa média mensal de expansão de vendas ficou acima de 5%, contribuição ainda mais significativa levando em consideração que foi registrada em comparação a um período em que essa média também havia sido expressiva: em 2017, o crescimento acumulado foi de 4,2%.

Os varejos nas regiões de Campinas e Osasco devem registrar os melhores desempenhos em 2018 na comparação com 2017. Segundo as projeções da FecomercioSP, o varejo da região campineira deve encerrar o ano com alta de 11% no faturamento, que deverá alcançará R$ 62,2 bilhões. Já no varejo na região de Osasco, as vendas devem registrar aumento de 7% em 2018 e faturamento real de R$ 57,3 bilhões.

Por outro lado, o varejo nas regiões de Presidente Prudente e ABCD provavelmente fecharão o ano com os piores resultados no Estado. O comércio varejista na região de Presidente Prudente deve apresentar leve alta de 2%, com faturamento real estimado de R$ 9,6 bilhões. Já o varejo na região do ABCD deve registrar aumento de 3% em 2018 e faturamento real de R$ 38 bilhões.

Todas as nove atividades analisadas pela FecomercioSP devem apresentar alta no faturamento em relação a 2017. Destaque para supermercados (33,2%) e outras atividades (21,2%), que devem atingir o faturamento real de R$ 226,592 bilhões e R$ 144,470 bilhões, respectivamente.

Segundo a Federação, em 2018, o varejo registrou crescimento generalizado em todos os seus segmentos, a exemplo do ocorrido em 2017, e, neste ano, o avanço continuou sendo ancorado nos bons desempenhos dos segmentos ligados ao comércio de bens duráveis, cujas taxas médias de expansão mensal foram, em média, 60% maiores do que aquelas registradas nas atividades de bens semiduráveis e não duráveis. O principal destaque fica por conta das lojas de eletrodomésticos, eletrônicos, cujo faturamento real deve crescer 11% em comparação a 2017.

Para a Entidade, isso indica que as famílias encontraram espaço para recompor o patrimônio doméstico, fortemente retraído na crise, quando o setor amargou saldos negativos de mais de 45% entre 2014 e 2017. Neste ano, o consumo de bens duráveis mostrou aumento de 7%, enquanto os setores ligados aos bens não duráveis cresceram a taxa de 4%.

NATAL

O faturamento das vendas do comércio varejista no Estado de São Paulo em dezembro deve registrar R$ 70 bilhões, alta de 5% na comparação com o mesmo período de 2017. De acordo com a FecomercioSP, será o melhor mês de dezembro de toda a série, iniciada em 2008, superando as vendas registradas no Natal de 2013, até então as mais altas para o mês, que alcançaram R$ 69,4 bilhões.

Para a assessoria econômica da Entidade, houve melhoria dos principais indicadores ligados a renda, inflação e crédito e, principalmente, da maior injeção de recursos com o décimo terceiro salário em 2018, em comparação a 2017, que deve ser 2,2% maior, em termos reais, em função do discreto aumento de rendimentos neste ano. Além disso, a melhoria das expectativas das famílias com o novo governo tende a contribuir para um consumo maior neste fim de semestre.