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Preços do Ceagesp têm forte alta em fevereiro; reflexo em todo o Estado

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Ceagesp 111
Entreposto tem média de comercialização mensal de 3,7 mil toneladas

Elevação de 7,7% foi influenciada principalmente pela elevação dos preços de legumes e verduras. No acumulado dos últimos 12 meses, a elevação é de 16,6%

Ceagesp 111As condições climáticas tiveram grande influência nos preços

O Índice de preços da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) encerrou o mês de fevereiro com forte elevação de 7,75% em comparação com o mês anterior.

Conforme comunicado da companhia, a alta foi influenciada principalmente pela elevação dos preços de legumes e verduras. No acumulado dos últimos 12 meses, a elevação é de 16,64%.

Além do aumento acentuado dos preços e da diminuição no volume ofertado, os produtores rurais e atacadistas da Ceagesp não estão conseguindo oferecer produtos com a qualidade habitualmente encontrada, notadamente nos setores de legumes e verduras, principalmente as folhosas.

No comparativo com janeiro, houve queda de 9,5% no volume ofertado. Segundo a Ceagesp, a queda, porém, é muito mais acentuada nos produtos com melhor classificação.

Em alguns casos, como nas folhosas e em boa parte dos legumes mais sensíveis, é praticamente impossível adquirir produtos da classificação “A”.

Historicamente, o primeiro trimestre registra preços mais elevados por causa das condições climáticas adversas da estação.

Em 2019, porém, o quadro foi agravado pelas temperaturas extremamente elevadas e chuvas excessivas e prolongadas em praticamente todas as regiões do País.

De acordo com a companhia, consumidores terão muitas dificuldades em promover um abastecimento diversificado e com produtos de qualidade neste mês de março.

Somente em meados de abril, com condições climáticas dentro de níveis aceitáveis, é que a situação deve se normalizar, prevê a Ceagesp.

Em fevereiro, o setor de Frutas subiu 3,06%. As principais altas foram nos preços do maracujá doce (70,8%), morango (33,2%), manga tommy (29,6%), melão amarelo (27,4%) e laranja pera (20,5%). As principais baixas ocorreram com pera willians (-17,2%), atemoia (-15,4%), abacate geada (-13,2%), carambola (-10,5%) e kiwi estrangeiro (-10%). O setor de Legumes registrou elevação de 16%.

As principais altas ocorreram com a abobrinha italiana (73,7%), o chuchu (47,1%), abobrinha brasileira (40,4%), o quiabo (40,1%) e pepino comum (30,5%). Não houve quedas significativas no setor.

O setor de Verduras apresentou forte elevação de 42,72%. As principais altas foram da salsa (87,3%), da couve (84,9%), da alface crespa (83%), da escarola (81,5%) e da alface lisa (72,7%). Não houve quedas significativas no setor.

O setor de Diversos apresentou elevação de 17,87%. As principais altas ficaram por conta do alho argentino (30,7%), dos ovos vermelhos (28,7%), dos ovos brancos (26,4%), da batata comum (25,6%) e batata lisa (21,9%).

Não houve quedas significativas no setor. O setor de pescados teve queda de 3,51%. As principais baixas foram da sardinha (-35,4%), atum (-17,4%), namorado (-12,3%), betarra (-11%), pescada maria mole (-10,9%).

Não houve elevações significativas no setor. Neste primeiro bimestre de 2019, o volume comercializado no entreposto de São Paulo totalizou 520.512 toneladas ante 533.051 toneladas negociadas no mesmo período de 2018 (queda de 2,35%). Em janeiro de 2019 foram comercializadas 273.246 ante 247.266 negociadas em fevereiro (redução de 9,5%).