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Prefeitura e Unesp entregam Programa Araraquara 2050 à Câmara

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Projeto que visa um macroplanejamento estratégico do desenvolvimento do município também foi apresentado no Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social

Araraquara 2050 1Momento da entrega do documento na Câmara Municipal garantindo uma Araraquara voltada para 2050

O prefeito Edinho e o Prof. Dr. Cláudio César de Paiva, da Unesp, entregaram na Câmara Municipal, ao presidente do Legislativo Jefferson Yashuda, na  tarde desta sexta-feira (14),  o projeto de lei que institui o Programa Araraquara 2050.

Mais cedo, antes da entrega oficial do documento aos vereadores, ambos estiverem no Centro Internacional de Convenções Dr. Nelson Barbieri (Cear), no período da manhã, para apresentar o programa aos integrantes do Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social (CMDES), formado por secretários, coordenadores municipais e representantes da sociedade civil.  Após a apresentação, os participantes debateram os principais pontos do programa, com a mediação do presidente do CMDES, Paulo Sérgio Sgobbi.

Elaborado pela universidade, em parceria com o município, o Programa Araraquara 2050 tem como principal objetivo promover um macroplanejamento estratégico do desenvolvimento do município, de curto, médio e longo prazos, respaldado no potencial econômico, ambiental e social. O que se espera é estimular uma importante reflexão sobre o futuro de Araraquara, com a participação de toda a comunidade, contando com o envolvimento direto da Unesp e demais universidades, de modo a resgatar uma nova cidadania ativa e promover o planejamento como o instrumento que produzirá, através de medidas ousadas e transformadoras, um modelo de cidade compacta, integrada e policêntrica.

“Esse projeto foi pensado para que Araraquara pudesse ter uma diretriz maior que seus governos, que as disputas políticas, porque tudo isso passa com o tempo, um projeto que pudesse mover a capacidade criativa de Araraquara. E é isso que entregamos hoje para os vereadores”, declarou Edinho, durante o encontro na Câmara. Ele mencionou que, na década de 80, pesquisadores da Unesp elaboraram um modelo de saúde e de educação que foi implantando na época e que perdura até hoje.

O Prof. Dr. Paiva enfatizou também a importância do planejamento a longo prazo e defendeu que é preciso ter clareza dos problemas para avançar. Ele relatou exemplos de programas de planejamento bem sucedidos que foram implantados em grandes cidades da Europa e que hoje garantem a mobilidade urbana desses grandes centros. 

Ainda segundo o professor da Unesp, o Programa Araraquara 2050 foi estruturado em duas grandes etapas: a primeira de 2018 a 2030; e a segunda, entre 2031 a 2050. Essas etapas deverão seguir sete diretrizes fundamentais, que têm a função de orientar mudanças qualitativas com a mudança quantitativa, de forma que a melhora da segunda funcione como ponto de propulsão para as primeiras.

São desafios a superação de todas as formas de desigualdades; o fortalecimento da coesão social e territorial; a promoção do potencial de desenvolvimento do município; a multiplicação das oportunidades de trabalho e a promoção de um ambiente favorável à criação e ao desenvolvimento de negócios, impulsionados por serviços de elevado valor agregado, capital humano qualificado.

Também fazem parte das diretrizes apontadas no programa assegurar as melhores condições de mobilidade, acessibilidade e conectividade em todo o espaço urbano; a valorização da inovação e da diversidade cultural, e a promoção do uso sustentável dos recursos naturais.

Ainda durante a entrega do Programa Araraquara 2050 ao presidente Yashuda, o prefeito Edinho defendeu a realização de um amplo debate, que possa contribuir para novas ideias e melhorias no projeto. “Esperamos que ele seja bastante debatido e que o Legislativo realize, inclusive, audiências públicas, para que haja envolvimento de todos. É, sem dúvida, uma proposta arrojada, um grande pacto social”, concluiu o prefeito.

Nota da Redação: Olhar 2050 parece um sonho. É importante imaginar como ela será, embora seja bem provável que não estejamos aqui para testemunhar. Mas, é díficil acreditar que assim será, se não há responsabilidade administrativa, onde cada prefeito ou gestor que entra quer pintar a cidade com suas cores políticas e preferidas.