Os setores comércio e serviços foram os mais impactados pela redução no consumo
Consumidor ainda em dúvida se deve gastar. Cenário é instável.
No início de 2018 havia muitas expectativas em relação a uma retomada mais rápida e duradoura da economia do País. Porém, apesar da melhora de algumas variáveis econômicas, como juros mais baixos e queda na inflação, o processo tem sido lento. E esse cenário é refletido diretamente nos índices de confiança do consumidor e do empresário em São Paulo que, segundo pesquisa feita pela Fecomercio-SP, começaram a cair a partir do mês de março e se mantém até julho.
CONFIANÇA DO CONSUMIDOR E DOS EMPRESÁRIOS – 2018
De acordo com os empresários, as principais dificuldades enfrentadas são o ritmo lento da economia e baixo consumo, as incertezas políticas e a falta de confiança no governo.
Já entre os consumidores, os fatores que mais afetam a visão futura são as dificuldades de colocação no mercado de trabalho e a piora no cenário externo como a alta do dólar.
Em Araraquara a redução no consumo afetou principalmente os setores de comércio e serviços, que mais perderam vagas no primeiro semestre do ano. A economista explica que a confiança baixa do consumidor tem um grande efeito sobre esses setores porque possuem um contato direto com o consumidor, e por isso, sentem em primeira mão essa diminuição na demanda.
Para Délis as incertezas no cenário econômico e político acentuam a percepção da população de que a retomada da economia está muito mais lenta do que deveria, e sinalizam chances muito pequenas de elevações expressivas nos índices de confiança de consumidores e empresários até a definição das eleições. Lembrando que a alta no preço dos alimentos no mês de junho, também colaborou para intensificar a insatisfação do consumidor.
Em relação à queda do índice de confiança do empresário o efeito direto é sobre os níveis de emprego. “Com receio de investir, o empreendedor evita contratar novos funcionários, o que gera um clima de insegurança para o mercado de trabalho e inibe ainda mais o consumo das famílias”, conclui.