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Servidores vão à Câmara barrar projetos enviados pelo prefeito

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Sismar 44

Sismar 44Servidores e o SISMAR nesta terça à noite em frente a Câmara

Sessão da Câmara Municipal nesta terça-feira (28) foi realizada debaixo de um clima bastante tenso. Em alguns momentos, servidores e diretores do SISMAR chegaram a ameaçar um confronto, isso tudo porque, está com os vereadores os três projetos encaminhados pelo prefeito Edinho Silva referentes aos servidores municipais, autarquias e fundações) – o chamado Plano de Carreira, Cargos e Vencimentos (PCCV).

Da Tribuna Popular participaram Agnaldo Aparecido Fernandes Andrade, credenciado pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região (Sismar) e Alexandre Harley Ferrari, credenciado por um grupo de 30 cidadãos eleitores no Município, que apontaram a desaprovação dos servidores com relação as propostas do Executivo.

Sismar 45Agnaldo Aparecido Fernandes Andrade, credenciado pelo SISMAR

“Segundo o início dos estudos, o PCCV veio para corrigir algumas distorções, mas acabou criando muitas outras, e péssimas. Uma delas é a falta de clareza do regime de contratação, pois o artigo 2º, inciso 3º da lei enviada pela Prefeitura deixa muitas dúvidas. Por isso, já cai na inconstitucionalidade”, afirmou Andrade.

Questionou se os vereadores receberam o estudo de impacto financeiro e se foi lançado na Lei Orçamentária Anual (Loa). “Um projeto assim, não pode ser enviado para a Câmara e muito menos votado”, disse, apelando para “que se force o Executivo a fazer pelo menos o processo proposto desde o início: percorrer todas as etapas e caminhos. Que se retire o projeto, pois essa proposta não representa tudo aquilo que as comissões fizeram”.

Sismar 46Alexandre Harley Ferrari, falando do PCCV

Ferrari salientou que a pauta reivindicatória não foi atendida, pois na negociação da data base ficou determinado que “tudo seria ‘jogado’ para o PCCV”, e questionou: “como o PCCV pode dar conta de assuntos relativos a salário, vale-alimentação, jornada de trabalho, gratificações e outros itens?”

Com o plenário lotado de servidores, várias outras observações foram apontadas pelos oradores, que reiteraram a solicitação para que o projeto seja retirado da Câmara e volte a ser debatido com os representantes da classe.

PEDE TRANQUILIDADE

O presidente da Câmara, Jéferson Yashuda, já antecipava aos colegas vereadores que o encontro seria tenso nesta terça-feira. Buscou dizer aos servidores municipais e também aos diretores do SISMAR, que os três projetos enviados pela Prefeitura serão discutidos de forma técnica e de maneira bastante minuciosa. O parlamentar também já comentou que o objetivo da Câmaraé promover uma reunião com representantes de cada categoria, embora saiba que – não será possível agradar a todos.

Um outro detalhe na fala de Yashuda é que “isso vai demandar tempo, pois ninguém vai votar de orelhada”.

PÉROLA AOS PORCOS

A polêmica vereadora Taynara Faria (PT) uma vez mais se deu mal durante a sessão desta terça ao se referir aos servidores municipais, dizendo que “não daria pérolas aos porcos”. Ela tentou explicar que a categoria, por ter cerca de 7 mil servidores não representam a totalidade populacional de Araraquara e que em muitas oportunidades há reclamações de que os funcionários municipais não tratam bem à população.

A explicação meio desequilibrada da vereadora incitou Marcelo Roldan, que faz parte do SISMAR. Fóra do plenário, Roldan disse que “se os servidores são porcos, Thaynara então seria uma leitoa, pois é filha de servidora pública”.

Quem assistiu o desenrolar da sessão desta terça e sem lado para torcer acabou se expressando: “Uma política de muito baixo nível”.