
Artigo: Sônia Maria Marques
O que não ficou bem explicado até agora para a nossa população, é quem tem responsabilidade pelas dívidas que afetam o município nos últimos anos.
São mais de 400 milhões de reais que tornaram a administração pública quase inviável em Araraquara. Marcelo Barbieri acusa Edinho Silva de má gestor e vice-versa; a discussão política que caminhava para uma apuração bem mais responsável que simples palavras, hoje já levadas ao vento, vai dar em nada.
Coisa de uma política bastarda que começa lá em cima e termina aqui em baixo, com a população – esclarecida ou não – tendo sua inteligência subestimada pela omissão, negligência e imprudência dos nossos governantes.
Ora, se João não teme, que venha a apuração. Se José não fez nada errado, que se apure então.
Mas, quando há dúvidas, o melhor mesmo é silenciar, afinal de contas, o povo tem memória curta e logo tudo isso será esquecido, mesmo que existam fiscalizadores que compactuam, fecham os olhos, silenciam, deixando transparecer que há algo errado.
Se voltarmos no tempo vamos encontrar a expressão «algo vai mal no reino da Dinamarca» ou «algo está podre no reino da Dinamarca», citação famosa na peça Hamlet (escrita entre 1599 e 1601), de William Shakespeare.
No original “Something is rottem in the state of Denmark” (algo vai mal no reino da Dinamarca), faz-se alusão ao momento pelo qual ela passa: tomada pela corrupção moral e política.