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Situação precária do Viveiro Municipal de Mudas, foi constatada por Yashuda e Porsani

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 Viveiro de mudas 01No viveiro há apenas um funcionário desde novembro de 2017, e diz que “faz o que pode”

Os vereadores Jéferson Yashuda e José Carlos Porsani, ambos do PSDB, constaram uma situação precária durante fiscalização no Viveiro Municipal de Mudas, localizado no Parque do Pinheirinho. “Não chega nem a 10% de mudas cultivadas na área do Viveiro e há apenas um funcionário desde novembro de 2017, que faz o que pode”, destacam os parlamentares.

Em agosto de 2017, Yashuda já havia questionado o abandono do Viveiro de Mudas. À época, em resposta, a Diretoria de Gestão confirmou “a perda significativa de mudas por falta de manutenção, sucessivas queimadas e o comprometimento do sistema de irrigação, acrescentando que o local estava sendo limpo (roçada, limpeza dos canteiros, retiradas das mudas perdidas, galhos, plantas invasoras, etc.) e que seria realizado estudo para a recuperação do viveiro, bem como de sua estrutura (sistema de irrigação, estufa, insumos, etc.)”.

Depois de um ano e meio, como a situação continua precária, por meio de requerimento, os vereadores estão cobrando novamente o Executivo sobre as ações e projetos para a recuperação do Viveiro Municipal de Mudas, além de questionarem sobre os projetos de recuperação de mananciais, nascentes APPs e a arborização de Araraquara. No documento, os parlamentares também pedem informações sobre o compromisso da Administração Municipal com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que compõem a Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável liderado pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Os vereadores lembram que o PSDB vem cobrando há tempos o retorno da Secretaria Municipal do Meio Ambiente. “Há muito a fazer para recuperação de mananciais, Áreas de Preservação Permanente (APPS) e áreas verdes no município”, argumentam.

Notícias divulgadas na imprensa local também foram citadas pelos parlamentares. Uma delas, publicada nesse dia 6 de março no portal da Revista Comércio, Indústria e Agronegócio, informa que Araraquara conta com um total de 282 nascentes e, segundo o Departamento Autônomo de Água e Esgoto (DAAE), chega a 31 o número de nascentes degradadas no município.

Outra notícia, publicada na imprensa local, intitulada “Clima: árvores entram em ‘extinção’ em Araraquara”, cita um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2012, apontou Araraquara como sendo a 6ª cidade mais arborizada do Estado de São Paulo, e consequentemente uma das mais bem ranqueadas no país. 

Naquele ano, a média de arborização das cidades era de 68% e Araraquara chegava a 97,2%. À época, de quase 68 mil residências visitadas pelo instituto, apenas 1.845 casas não contavam com árvores próximas. Contudo, o expressivo crescimento populacional e expansão territorial urbana não foram acompanhados de medidas suficientes na área ambiental. 

Em 2012, a população estimada de Araraquara era de 208 mil habitantes. Hoje, segundo estudo do IBGE, somos quase 234 mil araraquarenses. “A arborização urbana de Araraquara não vem merecendo a devida atenção, seja no plantio, seja na poda, manutenção e/ou substituição das árvores condenadas por doenças e/ou cupim”, afirmam os parlamentares.

Yashuda e Porsani remetem ainda ao “Guia de Ação de Gestores municipais para a Construção de Cidades Sustentáveis”, publicado em 2017 pelo Conselho de Estudos Políticos do Senado Federal, para destacar que entre os benefícios de áreas verdes urbanas estão o aumento do sombreamento e da umidade do ar; redução da temperatura e das “ilhas de calor”; redução da poluição atmosférica; diminuição da poluição sonora; melhoria estética da cidade; benefícios para a saúde humana, como redução do stress e alívio da fadiga mental, absorção da radiação ultravioleta e do gás carbônico; aumento da absorção da água da chuva, reduzindo o escorrimento superficial e a ocorrência de enchentes e alagamentos e oferta de áreas para convívio, recreação e práticas esportivas.

No documento enviado à Prefeitura, os vereadores lembram que o referido Guia adverte que “lidar com a questão da sustentabilidade urbana não é, como poderia parecer à primeira vista, um assunto de menor importância, do qual o gestor municipal pudesse facilmente abrir mão. Trata-se, na realidade, de um tema de relevância prioritária, pois tem a ver não apenas com nossa qualidade de vida, mas com nossa própria sobrevivência”.