Dados referentes ao mês de dezembro mostram que as reduções podem ser atribuídas principalmente à melhora do cenário econômico, o que diminui os riscos de crédito e inadimplência.
No mês de dezembro, as taxas de juros das operações de crédito voltaram a ser reduzidas pela décima vez consecutiva. Délis Magalhães, economista do Sindicato do Comércio Varejista de Araraquara (Sincomercio), explica que estas reduções podem ser atribuídas principalmente à melhora do cenário econômico, o que diminui os riscos de crédito e inadimplência, assim como a manutenção da taxa básica de juros (SELIC), que vem sendo mantida em 6,5% ao ano desde março de 2018. Além disso, impulsionou as reduções nas taxas de juros e spreads bancários, que o último apresenta a diferença entre os juros que o banco cobra ao emprestar e a taxa que ele mesmo paga ao captar o dinheiro, e que, segundo a pesquisa, ainda se mantém em níveis elevados durante o período.
TAXAS DE JUROS PARA PESSOA FÍSICA
Das seis linhas de crédito pesquisadas, todas apresentaram reduções tanto em relação a novembro de 2018 quanto a dezembro de 2017. No ano passado, a taxa de juros média para pessoa física apurada em dezembro é a menor registrada desde abril de 2015, fechando o mês em 6,79% a.m, o que representa uma redução de 0,88% em comparação a novembro e de 7,37% no mesmo período em 2017. Os destaques para o mês de dezembro foram para as reduções na modalidade de empréstimo pessoal, tanto bancário (-1,56%) quanto das financeiras (-1,17%).
Fonte: Sincomércio Araraquara. Dados: ANEFAC.
TAXA DE JUROS CARTÃO DE CRÉDITO
Em relação a taxa de juros do cartão de crédito, apesar desta ter sido a categoria que variou menos dentre as analisadas (-0,60%), a avaliação conjuntural constata uma melhora neste cenário, visto que o período de janeiro a dezembro de 2018 registrou uma redução média de 8,82% nas tarifas, saindo de 319,84% a.a. em janeiro de 2018 para 272,42% a.a. em dezembro de 2018.
“Apesar da perspectiva de melhoria e do aumento da oferta de crédito ao consumidor, ainda persiste a recomendação do uso de consciência para a tomada de empréstimos e compra de produtos que requerem grandes parcelamentos, a fim de evitar que as demais modalidades de taxas voltem a apresentar aumentos, motivados pelo descontrole nos níveis de inadimplência”, alerta Délis Magalhães.
Fonte: Sincomércio Araraquara. Dados: ANEFAC