Inserção de egressos no mercado de trabalho foi tema de reunião na Prefeitura; vereadora Thainara Faria se reuniu com Damiano e servidores do Caef e explicou que com a dificuldade de ingressar no mercado de trabalho, os egressos acabam voltando a cometer delitos
Thainara e Damiano unidos para conscientização da classe empresarial em empregar egressos
Na semana passada, a vereadora Thainara Faria (PT) levou ao vice-prefeito e secretário do Trabalho e do Desenvolvimento Econômico, Damiano Neto (Progressistas), uma proposta para pessoas que saíram do sistema prisional.
A ideia é uma palestra para empresários buscando a conscientização. “Precisamos derrubar o preconceito, pois dificulta a inserção deles no mercado de trabalho”, entende a parlamentar.
Participantes da reunião, Irene Ferrari e André Degani, psicólogos da Central de Atenção ao Egresso e Família (Caef), programa que faz parte da Coordenadoria de Reintegração Social e Cidadania, completaram que tal ação se faz necessária para evitar uma reincidência, pois entendem que “com a dificuldade de ingressar no mercado de trabalho, eles acabam voltando a cometer delitos”.
No encontro, foi lembrado que há uma lei estadual que trata do assunto, mas a admissão é facultativa, ou seja, não há uma obrigação de contratação dos egressos. No caso das licitações para o setor público, há uma permissão, no artigo 40 da Lei nº 8.666, para que a administração exija da contratada que um percentual mínimo de sua mão de obra seja oriundo ou egresso do sistema prisional, com a finalidade de ressocialização do reeducando.
“Seriam palestras de orientação, com duração de 40 minutos a uma hora”, explicaram, lembrando que são mais de três mil egressos cadastrados desde o início do programa, sendo 700 em acompanhamento atualmente. “A maioria consegue serviços de servente, pintor e pedreiro”, informaram.
Damiano sugeriu que a palestra seja realizada no Centro de Eventos de Araraquara e Região (Cear) no final de julho.
“Creio que seria uma ótima alternativa, uma vez que o preconceito é gerado pela falta de informação. Precisamos dar dignidade e oportunidade a essas pessoas”, finaliza Thainara.