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Toninho Deliza fala sobre o novo conceito do varejo OmniChannel

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Toninho Deliza
Toninho Deliza, presidente do Sincomercio Araraquara

Toninho DelizaToninho Deliza, presidente do Sincomercio Araraquara

A tecnologia entrou na vida do consumidor e tende a ganhar cada vez mais espaço, afetando diretamente a sua intenção de compra. Nesse novo contexto, tudo estará integrado por novas tecnologias, com o objetivo de melhor atender às necessidades desse novo consumidor. Esse movimento já é realidade em alguns países, como Estados Unidos e Inglaterra, e começa a ganhar força no mundo inteiro.

O “varejo OmniChannel” torna-se protagonista nesse novo cenário, com base na convergência entre todos os canais de venda utilizados por uma empresa e rompendo com as diferenças existentes entre o meio on-line e off-line. O objetivo é integrar lojas físicas, virtuais e compradores, criando, dessa maneira diversas possibilidades de interação entre lojista e cliente. A tendência é uma evolução do conceito de multicanal, pois tem o consumidor como foco principal e sua experiência de compra deve ser a melhor possível, independentemente do canal que ele utilizar. 

A implantação desse novo modelo de negócio permite, por exemplo, que o consumidor compre na loja virtual e retire ou troque em qualquer loja física. Para que funcione, a logística de vendas e o estoque devem garantir que a operação aconteça sem que ocorram complicações.

Outro exemplo interessante são as compras “on-the-go”, nas quais o cliente compra pelo aplicativo da loja antes de chegar ao estabelecimento e apenas retira seu pedido quando chegar, economizando tempo. É o que acontece, por exemplo, nas lojas da Starbucks dos Estados Unidos, onde 15% das vendas já ocorrem dessa maneira e têm crescido nos últimos anos. Muitos acreditam que as grandes empresas sairão na frente nesse contexto devido ao acesso à tecnologia.

Para Antonio Deliza Neto, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Araraquara (Sincomercio), o pequeno varejista também possui grandes oportunidades, justamente por conhecer melhor os seus clientes e suas preferências, garantindo mais proximidade e mais chances de fidelização. “É preciso estar atento a esta mudança de comportamento tecnológico do consumidor, pretendemos oferecer palestras para os comerciantes sobre esse novo conceito”, comenta.

Os custos tecnológicos têm caído bastante nos últimos anos e garantido acesso a um maior número de consumidores, assim como tem ocorrido com o aumento da variedade de tecnologias oferecidas ao empresário com custos cada vez mais baixos.

 “Para auxiliar nossos associados, estamos desenvolvendo um aplicativo que terá todos esses benefícios e comodidades aos consumidores de Araraquara.” explica Deliza.

Gerson Braz, proprietário da loja Sépia, de roupas e sapatos femininos, trabalha há 20 anos no comércio de Araraquara. Ele utiliza todos os canais de acesso ao cliente e garante que o conceito OmniChannel é uma necessidade que os comerciantes vão precisar aderir em algum momento. “Atualmente é preciso estar presente em todos os canais de comunicação, prestando serviço aos clientes com informações e conteúdos relevantes. Esses diferenciais atraem o consumidor e acabam gerando mais vendas”, ressalta. 

O principal ponto do OmniChannel é que a loja física deixa de ser concorrente da loja on-line e ambas atuam em harmonia. Dessa forma, além de facilitar a logística interna da empresa, aceleram o processo de compra. Já é comprovado por diversas pesquisas que os produtos que são divulgados pelas redes sociais são mais procurados pelos clientes nas lojas físicas, aumentando o desejo por aquele item. 

Com tantas informações sabemos que o mundo do varejo nunca mais será o mesmo. Apenas no Brasil, em 2015, 55% da população já tinha acesso à internet desktop e 42% à internet mobile. Em 2020, as estimativas são de que esses números alcancem 70% e 56,5% da população respectivamente. Portanto, o número de usuários de internet no Brasil vem crescendo cada vez mais rápido, e as estratégias dos grandes e pequenos varejistas deverão focar mais no uso intenso da tecnologia, levando em consideração as mudanças de hábito do consumidor e essa nova realidade, que acaba com as antigas diferenças entre o varejo on-line e off-line.

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