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Dependente químico recebe um “mata-leão” e morre durante abordagem para internação

Família queria fazer internação compulsória de jovem de 26 anos; clínica esclarece que empresa responsável pelo transporte do acolhido foi contratada pelos familiares do acolhido

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Jhonny seria internado à força, mas morreu durante abusos na abordagem

Jhonny Lopes da Silva, 26 anos, que seria dependente químico, morreu na noite de segunda-feira (1), em Araras (distante 123km de Araraquara), após ser sufocado por funcionários de uma empresa que o levariam até uma clínica de reabilitação. A vítima seria encaminhada à força para internação na cidade de Sorocaba e resistiu. Ele teria sido amarrado e em seguida e recebeu um golpe conhecido como “mata-leão”, que culminou em sua morte.

A família de Jhonny teria contratado uma clínica para fazer a sua internação compulsória. Familiares disseram às autoridades policiais que a vítima teria sido amarrada e estrangulada por funcionários, já que ela estaria alterada. Porém, afirmaram que teria ocorrido excessos durante a abordagem.

A guarda municipal de Araras deteve três pessoas envolvidas no caso, que foi registrado pela Polícia Civil como homicídio doloso.

A clínica de reabilitação emitiu uma nota salientando que os envolvidos na morte de Jhonny não tem vínculo com a empresa, nem mesmo de maneira terceirizada

Nota da Clínica

“A Estrela de Davi, ressalta que possui mais de 5 (cinco) anos atuando neste segmento, de maneira eficiente e com diretrizes que preceituam primordialmente o bem-estar de seus acolhidos e a sua recuperação social, sendo reconhecida na região pelos bons serviços prestados.

A Estrela de Davi aguarda que os fatos sejam totalmente apurados e esclarecidos para que sejam tomadas as condutas devidas.

A Estrela de Davi ressalta também que, a empresa que atuou no transporte do acolhido para as dependências do espaço terapêutico, e objeto da ocorrência, fora contratada pelos familiares do acolhido, sendo que esta não possui quaisquer vínculos com a Estrela de Davi, nem mesmo em caráter de terceirização.

De modo que a Estrela de Davi não possui capacidade fiscalizatória sobre a conduta e atos dos funcionários da empresa contratada pelos familiares do acolhido, pois os mesmos não integram o seu quadro de funcionários.

A Estrela de Davi fornece somente os serviços de acolhimento e tratamento à dependência química, não oferecendo o serviço do transporte dos futuros acolhidos para as dependências do espaço terapêutico.

Por fim, o Espaço Terapêutico Estrela de Davi informa que está à disposição das autoridades competentes para auxílio nas respectivas investigações e atribuições de responsabilidades, buscando exclusivamente a verdade real, bem como informa estar prestando todo o suporte aos familiares do acolhido neste difícil momento.” (SCA)