O presidente Jair Bolsonaro prometeu nesta quinta-feira (21/10) uma espécie de “auxílio diesel” a 750 mil caminhoneiros para compensar os aumentos frequentes dos combustíveis. Porém, não deu maiores detalhes sobre a medida e disse que a ajuda será anunciada “nos próximos dias”. A declaração ocorreu durante cerimônia de inauguração do Ramal do Agreste, em Sertânia (PE), quando o chefe do Executivo culpava governadores pelo aumento da inflação em meio a medidas restritivas para combate da pandemia da covid-19.
“O preço do combustível lá fora está o dobro. Sabemos que aqui é outro país, mas grande parte do que consumimos, ou melhor, uma parte considerável, nós importamos e temos que pagar o preço deles lá de fora. Decidimos então, os números serão apresentados nos próximos dias. Nós vamos atender aos caminhoneiros autônomos. Em torno de 750 mil caminhoneiros receberão uma ajuda para compensar o aumento do diesel. Fazemos isso porque é através deles que as mercadorias, os alimentos chegam aos 4 cantos do país”, alegou.
“São momentos difíceis mas nós não deixaremos ninguém para trás. Lamentamos tudo isso mas fazemos o melhor, tanto é que posso afirmar que o Brasil é um dos poucos países que menos sofreram com a questão da economia por ocasião da covid”, acrescentou.
AUXÍLIO BRASIL
Bolsonaro também falou sobre o novo Auxílio Brasil e o aumento do preço do gás de cozinha. “O auxílio emergencial está chegando ao fim. Nós já acertamos o novo valor do Bolsa Família que chama-se agora Auxílio Brasil. A média do Bolsa Família era de R$ 192 e tinha muita gente que recebia R$ 40, R$ 60, R$ 80 por mês. E nós acertamos que o novo Bolsa Família será de R$ 400 para todo mundo, sem exceção. Como consequência do ‘fique em casa’, na tentativa de quebrar a economia, estamos pagando um preço alto com inflação em alimentos, preços de combustíveis e gás de cozinha. O mundo também vem sofrendo com isso, de forma mais grave do que nós. No Reino Unido, a inflação no gás chegou a 300% em dois meses”, justificou.