
A Comissão vai apurar denúncias de indígenas e outras lideranças da região sobre a existência de um governo paralelo, comandado por organizações não-governamentais. Esses grupos seriam financiados por empresas estrangeiras, principalmente pelo Fundo Amazônia, que até agora recebeu R$ 5,5 bilhões de Noruega e Alemanha.
Os partidos de base do governo não quiseram fazer indicações até agora, na tentativa de evitar a instalação da CPI. Mas, com a maioria dos 11 titulares e sete suplentes já indicados, o regimento interno do Senado prevê a instalação da CPI. Até agora, seis dos 11 titulares foram indicados.
“Parece-me que os outros partidos que não indicaram não têm interesse na CPI”, observou o senador. “A pergunta que fica à Mesa: é possível instalar a CPI das ONGs com indicação de seis representantes, o que significa a maioria? Isso é possível?” Pacheco confirmou a legalidade. “Senador Plínio Valério, é perfeitamente possível, à luz do regimento, já fazer a reunião para a instalação da Comissão Parlamenar de Inquérito.”
Segundo Plínio, os trabalhos serão iniciados para encontrar soluções. “Uma delas é escancarar, é mostrar, é a transparência do dinheiro que vem do Fundo Amazônia.”
No momento da instalação, será feita a eleição para os cargos de presidente e relator da CPI. Como autor da CPI, Plínio disputará o cargo de presidente da comissão. (Informações: Revista Oeste)