Expoente do turismo no Brasil, Mario Carlos Beni foi homenageado em Sessão Solene na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, nesta sexta-feira (12). A deputada Professora Bebel (PT) lhe entregou o Colar de Honra ao Mérito Legislativo em reconhecimento à contribuição acadêmica para o desenvolvimento do turismo no país. Roberto de Lucena, secretário de Turismo e Viagens do Estado, participou da solenidade em representação ao Governador.
A trajetória acadêmica na área do turismo iniciou-se em 1971, quando Beni foi selecionado para ministrar a disciplina “Turismo e Desenvolvimento” pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). No mesmo ano, estudou na Universidade de Tóquio como bolsista.
Bebel, proponente da Sessão, referiu a importância da homenagem ao legado do professor. “Em um país diverso, com a riqueza natural que temos, o acúmulo histórico e acadêmico do doutor Beni contribui para o desenvolvimento econômico, cultural e turístico. Essa mais alta honraria faz jus à trajetória dele”, concluiu ela.
“O estado de São Paulo lhe reconhece e reverencia como uma figura icônica. Não se pode falar de turismo no Brasil, sem falar de Mario Beni. Nos unimos à Alesp para lhe dizer muito obrigado”, reconheceu Lucena.
Em 1972, Mario Carlos Beni foi designado para elaborar o plano de implantação do Curso de Turismo que se iniciaria no ano seguinte na ECA-USP. A Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) credenciou o curso em 1975, o primeiro criado no Brasil.
Entre as contribuições para o setor, foi idealizador do SISTUR (Sistema de Turismo) através do trabalho científico e acadêmico que deu origem ao livro “Análise Estrutural do Turismo”.
“Eu me sinto muito honrado. Nunca imaginei receber essa homenagem. É uma homenagem de todos os meus colegas pesquisadores e aqueles que se debruçam dia e noite sobre os livros e buscam uma nova perspectiva para esse mundo”, declarou Mario Beni.
Filho do ex-deputado Mario Carlos Beni (1905-1988), que exerceu mandato na Alesp durante a primeira legislatura (1947-1951) e ex-deputado federal por nove mandatos, Beni candidatou-se a deputado estadual em 1966, onde ficou na primeira suplência. Assumiu o cargo na Alesp na 6ª legislatura (1967-1971) e teve seu mandato interrompido logo após o “recesso parlamentar” imposto pelo regime militar. Em 1970, candidatou-se a deputado federal, mas não se elegeu.
“Imaginei fazer uma carreira longa na política como foi meu pai, mas me encontrei com a educação e escolhi essa área para construir um mundo melhor”, recordou Beni.