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Setembro Amarelo: psicógo da Hapvida detalha os alertas para a depressão

Psicólogo hospitalar da Hapvida NotreDame Intermédica fala sobre o tratamento da doença e como diminuir os momentos de vulnerabilidade

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Benevides Silva, psicólogo da Hapvida NotreDame Intermédica

Uma campanha dedicada à valorização da vida e de prevenção ao suicídio, ganha atenção especial neste mês com o Setembro Amarelo. A iniciativa trabalha diferentes temas que podem ajudar no combate à depressão, uma doença dos tempos modernos que pode evoluir e ter consequências lastimáveis.

Dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, nos próximos 20 anos, a depressão deve se tornar a doença mais comum do mundo, afetando mais pessoas do que qualquer outro problema de saúde, incluindo câncer e doenças cardíacas.

O psicólogo hospitalar da Hapvida NotreDame Intermédica, Benevides Silva, explica que existem ações e atividades que podem ajudar as pessoas que estão em risco. Inicialmente, ele diz que é importante saber a diferença de depressão e tristeza.

“A depressão é um transtorno caracterizado pela tristeza persistente e pela falta de interesse ou prazer em atividades que anteriormente eram gratificantes e agradáveis. Ela é caracterizada pelo mau humor, sentimento de vazio, desesperança e desânimo”, diz Silva.

Já a tristeza, segundo o psicólogo, pode ocorrer por diversos motivos e em vários momentos da vida. “A tristeza é autolimitada. Por outro lado, quando prolongada pode ser um dos sintomas do quadro depressivo. Daí é importante ficar atento e procurar ajuda quando necessário”, explica.

Ainda de acordo com o profissional, a depressão altera o comportamento das pessoas diante da vida e mesmo assim, muitas vezes, elas não percebem que estão passando por esta situação.

“Em alguns indivíduos pode ser necessário um tratamento multidisciplinar com psicofármacos para amenizar os sintomas depressivo e a psicoterapia que vai ajudar a trabalhar o bem-estar psicológico do indivíduo”, frisa o psicólogo hospitalar da companhia.

ATIVIDADE FÍSICA

A atividade física, assim como o lazer em família e na companhia de amigos, é uma forma de diminuir os momentos de vulnerabilidade. Para Benevides Silva, os exercícios físicos são remédios naturais tanto para a depressão como para outros transtornos mentais.

A orientação é movimentar o corpo ao menos por 20 minutos ao dia, favorecendo assim a produção e a liberação dos hormônios da felicidade: endorfina, dopamina e a serotonina.

“Sair de casa com amigos, meditar, realizar um trabalho voluntário, ter um hobby, excitar a gratidão, encontrar grupos de apoio, fazer cursos e aproximar-se da natureza também são fundamentais para combater a depressão”, sinaliza Silva.

O psicólogo também reforça a importância do tratamento profissional com ferramentas e o conhecimento necessários para auxiliar o paciente neste momento.