A baixa umidade do ar na região nas últimas semanas acende o alerta para cuidados com a saúde de todos, especialmente, crianças e bebês que se tornam mais vulneráveis a casos de desidratação e dermatites. Neste período, também crescem os diagnósticos envolvendo problemas respiratórios, ressecamento das mucosas, tosse seca, coriza, crises de asma, conjuntivite, entre outros.
De acordo com Alexander Engelberg, pediatra do Grupo São Francisco, que faz parte do Sistema Hapvida, o tempo seco é mais sentido pelas crianças e bebês porque eles possuem uma porcentagem maior de líquido na composição corporal. “Os principais efeitos que a baixa umidade causa na saúde de bebês e crianças estão relacionados à desidratação. As crianças e, especialmente, os bebês têm muito líquido e quando perdem é uma parte importante. A pele resseca mais, os olhos e a boca ressecam e tudo fica sujeito à lesões”, explica Engelberg.
A pediatra Lina Maria Balcázar Fonseca, que também integra o Grupo São Francisco, alerta sobre a necessidade de alguns cuidados especiais buscando a prevenção ou amenização dos efeitos causados pelo clima seco.
“Algumas ações simples podem ajudar na prevenção desses efeitos, como aumentar a ingestão de líquidos, preferencialmente de água, lavar as mucosas com soro fisiológico, evitar sair de casa nos horários mais quentes, entre 10h00 e 16h00, além de utilizar protetor solar e hidratante corporal”, orienta Lina.
O médico Alexander Engelberg também ressalta que é importante a observação da família em relação ao comportamento das crianças e bebês, buscando identificar situações que possam representar alertas para esses quadros de doenças.
“Quando a criança estiver mais apática, prostrada, brincando menos e mais irritada podem ser sinais de que a desidratação está trazendo consequências”, observa Engelberg.
A pediatra Lina Fonseca reforça ainda que, nos casos de maior complexidade, os pais devem levar a criança ou o bebê para uma avaliação médica para evitar o agravamento do quadro.
“O pediatra deve ser procurado em casos de desidratação, febre, falta de apetite ou motivação, queda do estado geral, dificuldade respiratória e tosse que interrompa o sono, alimentação ou a rotina da criança”, afirma Lina.
De acordo com os dois profissionais, a automedicação ou medidas caseiras devem ser evitadas porque podem agravar o quadro ou mascarar os sintomas de alguma doença de maior gravidade.
“Os pais nunca devem medicar seus filhos sem orientação médica, pois há inúmeros riscos, que vão desde uma intoxicação medicamentosa grave até a mascarar uma possível patologia mais grave”, diz Lina.
Devido ao período de pandemia, Engelberg também ressalta que as unidades de saúde estão preparadas para receber os pacientes, inclusive, crianças e bebês com segurança, mas que os responsáveis devem ficar atentos às medidas de prevenção. “Lembrando que em tempos de pandemia é importante ter todos os cuidados com a locomoção, colocar máscara, evitar contato com superfícies, higienizar bem as mãos, esses cuidados todos devem ser mantidos”, explica.