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Algoritmos que montaram 1ª imagem de um buraco negro

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A primeira imagem já feita de um buraco negro na história da humanidade foi divulgada mundialmente na manhã desta quarta-feira (10). Enquanto isso, Katherine Louise Bouman atualizava sua foto de perfil em uma rede social para uma imagem dela em frente a um computador na qual um programa processava a imagem histórica.

“Observando sem acreditar enquanto a primeira imagem que já fiz de um buraco negro estava no processo de reconstrução”, escreveu ela na legenda da foto.

‘Parece que Einstein acertou mais uma vez’: análise da imagem do buraco negro levou 2 anos
Nesta quarta-feira (10), Katherine Bouman mudou sua foto de perfil em uma rede social para mostrar seu computador no processo de montar a imagem do buraco negro — Foto: Reprodução/Facebook Nesta quarta-feira (10), Katherine Bouman mudou sua foto de perfil em uma rede social para mostrar seu computador no processo de montar a imagem do buraco negro — Foto: Reprodução/Facebook
Nesta quarta-feira (10), Katherine Bouman mudou sua foto de perfil em uma rede social para mostrar seu computador no processo de montar a imagem do buraco negro — Foto: Reprodução/Facebook

Formada em engenharia elétrica e ciência da computação pelo Massachussets Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, Bouman tem 29 anos, segundo o jornal “The Washington Post”, que a entrevistou na tarde desta quarta após sua foto de perfil viralizar na internet.

Os buracos negros são aglomerados com uma enorme massa de matéria concentrada em um volume reduzido, o que leva à distorção do espaço-tempo. A teoria geral da relatividade de Albert Einstein previa que qualquer estrela ou fóton que passasse perto do buraco negro seria capturado pela gravidade. Daí veio o nome: um local no espaço que ‘engole’ tudo que passa, até a luz.

Apesar de não ser formada em astronomia, Bouman atualmente faz sua pesquisa de pós-doutorado no Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian. Neste ano, ela começou a dar aulas no Departamento de Ciências da Computação e Matemática da Caltech, o Instituto de Tecnologia da Califórnia.

A pesquisa dela com a aprendizagem de máquinas e os algoritmos providenciou aos astrônomos do projeto as informações que os radiotelescópios não eram capazes de captar no espaço.

“Temos uma informação parcial. É quase como ver um pixel de uma imagem (mas é em outro tipo de domínio). Tivemos que criar métodos para usar essa informação muito esparsa e cheia de ruídos e tentar achar a imagem que pode ter provocado essas medidas”, explicou Bouman em entrevista ao jornal ‘The Washington Post’.