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SEU NOME ESTÁ NA RUA: Ângelo Smirne

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Familia Smirne

Com a força do trabalho escreveu o seu nome na história da cidade

Familia Smirne

Ângelo Smirne dizia que seu sonho era construir um prédio que pudesse ser a moradia da sua família. Sua vida na verdade sempre foi de sonhos e realizações, pontuada pelo caráter, trabalho e vontade de vencer. E conseguiu.

“Seo Ângelo”! Assim as pessoas chamavam aquele italiano nascido em 22 de outubro de 1900, em Nemoli, região Sul da Itália; seus pais Francesco Smirne e Maria Imperiali eram da região da Calabria. Ele chegou ao Brasil em 1909, com apenas 9 anos de idade e foi morar em companhia de seu pai na cidade de Rincão, pois que o mesmo já havia imigrado tempos atrás. Logo que aqui chegou, Ângelo soube do falecimento de sua mãe Maria Imperiali, que havia permanecido na Itália.

Seu pai casou-se em segunda núpcias no Brasil com uma jovem de origem portuguesa também chamada Maria, com a qual teve mais 4 filhos: Albertina Concheta, Bartira e Orlando.

Ângelo completou o curso primário em Rincão e, simultaneamente, ajudava seu pai nas firmas de sua propriedade: cinema, carpintaria, relojoaria e oficina de ferreiro e carroças.

Assim, aprendeu o ofício de marcenaria e carpintaria. Ao completar a idade de 18 anos veio para Araraquara e começou a trabalhar na marcenaria de propriedade de Celso Martinez Carreira, onde chegava a trabalhar até 18 horas por dia.

Casou-se em 12 de julho de 1.922 com Maria Cortez, nascida em 1° de maio de 1903, filha de Concheta e Alberto Cortez. Desse matrimônio nasceram 7 filhos, sendo 4 homens e 3 mulheres: Geraldo, casado com Isabel Picazzo; Ronaldo, casado com Neide Altobelli Bueno e em segundas núpcias com Ana Maria Cerny; Romualdo, casado com Dalila Mascioli; Maria Aparecida, casada com Nelson Goi; Arnaldo, casado com Wany Mourão; Ana Maria, casada com Giuseppe Morvillo e Wanda, casada com Lúcio Diniz Costa. Hoje sua família se completa com inúmeros netos, bisnetos e trinetos. Logo após seu casamento, Ângelo começou a trabalhar por conta própria, abrindo uma pequena oficina de marcenaria e carpintaria, nos fundos da casa de seu sogro, na Avenida Dom Pedro II, 793, local onde foi construído um edifício que abriga empresasde descendentes e onde também reside a maioria de seus familiares.

Empreendedor, buscando novos negócios, abriu uma fábrica de vassouras e rastelos que recebeu o nome de “ESTRELA”. Contudo, não obteve êxito neste ramo. Logo a seguir, iniciou a fabricação de enormes tonéis de carvalho, próprios para armazenamento de aguardente (pinga). Esse empreendimento teve enorme sucesso. Aproveitando a boa fase, ampliou a sua oficina de marcenaria e começou a fabricar móveis em geral e cadeiras para terraço, as quais eram vendidas para todo o país. Fabricava também “torneados de madeira”: pau de macarrão, farinheira, cabides, pilão para socar, pião, biblioquê, yoyô, além de armários para banheiro e cozinha.

Empresário dinâmico e honesto, também iniciou uma serraria para cortar “toras de madeira”, começando aí a comercialização de madeiras para construções em geral. Esse negócio necessitava de uma grande frota de caminhões, que semanalmente realizavam viagens ao Paraná e ao Mato Grosso para buscar tábuas de pinho, imbuia e jacarandá.

O grande sonho de Ângelo Smirne era o de construir um edifício para moradia de toda sua família. Esse sonho foi concretizado pelos seus filhos após seu falecimento. Eles erigiram o Edifício Ângelo Smirne na esquina da Av. Dom Pedro II, com a Rua Carlos Gomes.

Ângelo Smirne faleceu no dia 7 de janeiro de 1973, e sua esposa Maria Cortez Smirne, no dia 3 de Maio de 1993. Seu nome está na rua através do decreto número 4.167, de 26 de julho de 1979, que denomina Rua Ângelo Smirne, à antiga via pública conhecida como Rua “D” do Parque Residencial Dr. Tancredo Neves (Cecap I).