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Cães leais protegem corpo de dono que faleceu após esperar 6h pelo Samu

Os cães são fiéis a seus tutores até nos momentos mais difíceis e tristes da nossa vida.

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Os dois cães estão em cima do corpo do idoso (Foto: G1 Santos)

Damião de Almeida, de 68 anos, estava em um bar na zona rural, na semana passada quando começou a sentir fortes dores nas costas.

O triste fato aconteceu com um idoso morador de Peruíbe, no litoral de São Paulo, que faleceu após precisar esperar mais de seis horas por uma equipe de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Os cães são fiéis a seus tutores até nos momentos mais difíceis e tristes da nossa vida. Entre tantos exemplos, esse foi o caso de dois cachorros que protegeram o corpo de seu dono enquanto a perícia não chegava.

Cachorros protegem corpo de idoso em Peruíbe, no litoral de São Paulo. (Foto: G1 Santos)

A dona de casa ligou novamente para o telefone 192 pedindo urgência, segundo ela o médico chegou a perguntar o que o senhor tinha, no entanto, não souberam responder.

Após mais de uma hora sem o Samu aparecer, o homem que havia ligado mais cedo discou novamente o número e desta vez tiveram como resposta de um atendente do serviço de saúde que “ninguém morria de dor”.

Registros das chamadas telefônicas para o 192 (Foto: G1 Santos)

Pouco antes das 16h, o Samu chegou e tentou reanimá-lo, mas já era tarde demais. Então a Polícia Militar foi acionada para atender a uma ocorrência de “encontro de cadáver”.

Quando os policiais chegaram ao bar, os paramédicos já não estavam mais lá e encontraram apenas o corpo do idoso rodeado por seus dois cães que o protegiam fielmente.

“Ficaram protegendo, não deixavam chegar perto do Damião. A branquinha chegou a fazer carinho no rosto dele, mas o filho [do idoso] levou [os cachorros] para casa”, contou Andrea em entrevista ao G1.

O caso foi registrado como “morte suspeita” no 1º Distrito Policial da cidade.

De acordo com a dona de casa, o filho de Damião compareceu ao local quando soube do acontecido e agradeceu a todos que tentaram ajudar seu pai.

“É um absurdo, não era nem um local de difícil acesso. Eles têm que ter um olhar humano, porque isso foi um descaso. Talvez ele estivesse vivo se não tivesse que esperar mais de seis horas por uma ambulância”, finalizou Andrea. (Amo meu Pet/Letícia Michele Schneider)