Home Seu Pet

Resistência, a pet de Lula, embaixadora canina da adoção

Em seu novo estilo de vida, Resistência também assumirá um compromisso: ser a “embaixadora canina da adoção” durante o terceiro governo de Lula.

218
Janja apresenta Resistência, símbolo das campanhas pets palacianas

Durante os 580 dias de reclusão do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva na carceragem da Polícia Federal em Curitiba (PR), uma figura particular ajudou a diminuir a tensão e expectativa dos militantes que ali acampavam: a Resistência, cadela SRD posteriormente adotada por Janja.

Com aproximadamente dois meses de vida, ela foi inicialmente resgatada por Marquinho e Cabelo, metalúrgicos de São Bernardo do Campo (SP) que a encontraram desviando entre os carros e assustada pelo barulho das buzinas em uma noite gelada na capital paranaense. Ela tremia e se encolhia na chuva de menos de 15 °C quando a dupla decidiu acolhê-la e levá-la para o Acampamento Lula Livre.

“As ruas que cercavam a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba estavam tomadas por barracas de lona preta colocadas, sem sucesso, para tentar conter o frio que cortava e deixava ainda mais difícil a missão de resistir. E a pequena Resistência, com pouco mais de dois meses de vida, passou a emprestar calor e alegria aos novos moradores da capital do Paraná”, contou Lula no Facebook sobre a história de Resistência.

Foi decidido que a cadela vira-lata voltaria com o presidente para casa. Enquanto os dias na vigília não terminavam, Resistência permanecia em residência fixa na barraca dos Metalúrgicos do ABC.

Abrigada por uma bandeirinha do PT, ela trazia graça para todos os artistas e lideranças que se somavam ao acampamento, até o dia que adoeceu e precisou ser internada.

Foi neste instante que Janja decidiu adotá-la e esperar pela liberdade de seu então namorado. Agora, sua vida mudou inteiramente: de passeios ao redor do acampamento e cuidados divididos entre os militantes, Resistência passará a viver no Palácio da Alvorada, com os seus tutores presidenciais, a partir de 1° de janeiro de 2023.

Em breve, ela terá um enorme jardim à sua disposição para corridas e brincadeiras e uma vista panorâmica para contemplar em seus descansos. Mais que isso, porém, ela ganha uma família disposta a lhe proteger e cuidar.

Ao resgatá-la, Janja a levou para consultas veterinárias e lhe garantiu as vacinas e tosa. Já Lula, assim que solto, não demorou para torná-la o seu novo xodó. Em abril de 2020, seis meses após ter deixado a prisão, ele apresentou a nova pet aos seus eleitores:

“Essa cachorrinha faz parte da família agora. Ela ficou 580 dias lá na vigília, em Curitiba, sofrendo, dormindo no frio, passando necessidade. Depois a Janja levou ela para casa, cuidou dela. Agora ela está aqui comigo. O nome dela é Resistência”, escreveu o presidente eleito no Facebook.

Em Brasília, a cachorrinha terá a companhia de Paris, outra SRD adotada por Janja. Mas não será tudo sobre ‘lazer’. Em seu novo estilo de vida, Resistência também assumirá um compromisso: ser a “embaixadora canina da adoção” durante o terceiro governo de Lula, título concedido por dirigentes do PT em uma reunião da sigla em março deste ano.

O encontro foi promovido pela setorial dos direitos dos animais do PT, um agrupamento criado em 2022 por considerar o tema estratégico para o programa do partido para o país.

“Ouvindo as reivindicações dos movimentos sociais organizados, vamos elaborar um capítulo robusto e consistente sobre direitos animais no programa de governo do PT”, disse a coordenadora nacional do Setorial dos Direitos Animais do PT, Vanessa Negrini, na ocasião.

Resistência se torna então a mascote da bandeira dos direitos animais da sigla, ao passo em que a sua simples existência e notoriedade já ecoam a importância do amor, da adoção e do resgate de bichos ao redor do país. (Fonte: https://vidadebicho.globo.com)