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Sistemas fotovoltaicos demandam proteção contra surtos elétricos

Em expansão no Brasil nos últimos anos, o mercado de energia limpa utiliza dispositivos de segurança que protegem as estruturas de geração e distribuição

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Para que esse mercado possa se desenvolver de forma segura é fundamental minimizar o risco de danos causados ao sistema fotovoltaico

O Brasil superou, em fevereiro de 2023, o patamar de 25 gigawatts de potência via energia solar. Esse número, divulgado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), mostra que o setor vem apresentando viés de crescimento, pois, desde 2022, a fotovoltaica só perde para a fonte hídrica (109,7 gigawatts) e já superou a eólica (23,8 gigawatts) dentre as três principais matrizes energéticas do país.

Para que esse mercado possa se desenvolver de forma segura é fundamental minimizar o risco de danos causados ao sistema fotovoltaico. Isso significa, por exemplo, que devem ser implementadas ações para proteger equipamentos e estruturas contra raios e surtos elétricos.

“É imprescindível que as empresas que atuam nesse setor saibam da importância do uso de string box, que, instalada no lado de corrente contínua, é responsável pela proteção do inversor e placas do sistema fotovoltaico. Ela ajuda a blindar os sistemas fotovoltaicos, sendo essencial à segurança, operação e por aumentar a vida útil dos equipamentos nesses sistemas”, explica Yasmim Brito, engenheira eletricista da Clamper.

Ela cita que qualquer sistema fotovoltaico não está completo sem uma proteção contra surtos elétricos robusta. Isso porque os sistemas de geração fotovoltaico, devido as suas características de instalação, estão expostos aos surtos elétricos provocados por raios e chaveamentos na rede, por exemplo. “O Brasil é um dos países com maiores incidências de descargas atmosféricas do mundo, com estimativa de que seja algo em torno de 78 milhões de raios por ano”, diz a engenheira, que completa: “Isso faz com que todos os sistemas fotovoltaicos estejam sujeitos a surtos por descargas atmosféricas diretas e indiretas. As descargas indiretas, por exemplo, podem acontecer todo mês na maior parte das regiões do país”.

Yasmim Brito afirma ainda que, de acordo com a norma, a proteção interna do inversor não pode ser considerada um Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS). “Como os surtos são eventos muito comuns, todos os equipamentos eletroeletrônicos necessitam de uma mínima suportabilidade a eles, daí a proteção interna. Mas, para efetiva proteção, é necessária a aplicação de uma proteção externa – realizada pela string box. Só assim é possível garantir que o sistema fotovoltaico esteja devidamente seguro.”