Hoje em dia se consegue entender com maior clareza o que José Dirceu quis dizer após a vitória de Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2018 quando afirmou que o importante não era ter o governo, mas ter o poder.
Nos três anos do presidente atual verificou-se (e deve seguir acirrada este ano), muito provavelmente, a maior articulação e perseguição política obstrutiva da ação de governo já vista na história do país.
Nos malfadados 13 anos e pouco em que esteve no poder, o lulopetismo infiltrou e aparelhou o Estado brasileiro de modo a ter, nas instituições que deveriam ser republicanas, e em cargos de escalões menores, mas igualmente capazes de sabotar as ações de governo, seus seguidores com a única missão de impedir que o governo Bolsonaro governasse (e governe).
Em momento algum, os grupos de esquerda que perderam o acesso aos cofres públicos federais que antes alimentava o esquema de dominação e permanência no poder (além do enriquecimento ilícito de partidos e beneficiários da corrupção) pensaram no Brasil.
Dominados pela ideologia da perpetuação e da imposição fizeram do objetivo de sabotar e destruir o governo eleito pelo povo de forma majoritária a única meta a ser alcançada, mesmo que o custo para a população brasileira fosse o caos. Melhor ainda, se isso ocorresse para buscar voltar ao comando dos cofres públicos. No fundo, este é o objeto final da cobiça acobertada por uma ideologia de dominação e sem liberdades para contestar.
Uniram-se todos os que foram alijados do acesso fácil aos recursos arrecadados pelo Estado e pelas empresas e autarquias federais. Os que foram infiltrados pelo lulopetismo (como os membros por ele nomeados para as altas cortes) os partidos de esquerda e até outros sem maior ideologia mas viciados nas tetas públicas, a mídia que recebeu por anos a fio verbas bilionária destinadas a angariar a simpatia ou a vista grossa para os erros e crimes oficiais, toda sorte de gente que perdeu com a mudança no rumo do Executivo, como sindicatos, artistas ,meios culturais e meio ambiente, sempre dominados pela esquerda e toda sorte de gente que deseja apenas e tão somente a volta das torneiras fechadas pensando no Brasil como um todo. Mérito que não se tira do governo atual.
É de tal monta ostensiva essa atitude de busca de impedimento do governo de atuar em favor do país, que se acirrou o clima de divisão nascido no lulopetismo de “nós” e “eles” de modo a impedir qualquer possibilidade de pensamento e ação em favor de uma unidade nacional.
O mal que esse conluio espúrio reunido numa corrente do mal contra os brasileiros criou e cria, num ambiente de pandemia inédito que serviu de terreno adubado para as atitudes de solapamento das ações governamentais, é tão intenso e enraizado que é difícil prever como será o clima político e econômico neste ano eleitoral.
O tempo revelará. Como revelará também porque um governo eleito com quase 60 milhões de votos se deixou, como tem sido até agora, sabotar por atitudes notoriamente ilegais, inconstitucionais, criminosas, até, muitas vezes, por parte dos integrantes deste conluio, numa verdadeira traição à pátria, por interesses claramente identificados de retomada do governo, visto que o poder de impedir um governo de agir está claríssimo.
Como a pandemia se diversifica, virou indústria e por se tratar de ano eleitoral, essas forças do mal que atuam contra o Brasil, centralizando na figura de quem lhes tirou chave do cofre, seu ódio e ataques orquestrados, é de se esperar que o nível de baixaria a que chegou a vida nacional, neste novo ano, se revele ainda mais acintoso.
O brasileiro do bem, que a tudo assiste e já se manifestou nas ruas, recusando esse tipo de crueldade ideológica que se perpetra contra o país, parece ser o único meio capaz de pôr um freio nessa abusiva campanha de inversão e destruição dos valores nacionais e da própria justiça. Esperemos que o faça, pelo voto, nas eleições de outubro.
*Paulo Saab, jornalista, bacharel em Direito, professor universitário e escritor
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