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O perigo do arsenal nuclear mundial

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“Chegará o estrondo até à extremidade da terra, porque o senhor tem contenda com as nações, entrará em juízo contra toda carne; os perversos entregarão à espada, diz o senhor” (Jeremias 25:31).

Participei de uma palestra na UNESP/Araraquara, com a doutora/professora Suzana Salem Vasconcelos, do Departamento de Física Geral do Instituto de Física da USP, tendo como foco principal o perigo e as consequências do uso de armas nucleares na ridícula guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Por outro lado, os países ocidentais estão muito preocupados com a expansão das capacidades nucleares da China e Coréia do Norte que disparou recentemente um míssil balístico sobre o Japão em direção ao Oceano Pacífico.

Segundo informações do mundo científico, uma explosão simultânea de todas as armas nucleares no planeta Terra equivaleria a 15 erupções do Krakatoa, vulcão localizado entre as ilhas de Sumatra e Java, nas Índias Orientais Holandesas, que entrou em erupção em 1883, provocando um dos desastres mais devastadores do mundo.

Segundo a doutora Suzana, existem atualmente cerca de 14 mil ogivas nucleares ativas, a maioria delas nos Estados Unidos e na Rússia. Somente os arsenais desses dois países, usados ao mesmo tempo, seriam suficientes para destruir 4.500 cidades com população acima de 100 mil pessoas em todo o mundo. Imaginem se apertar um botão de uma ogiva nuclear na Amazônia? Todos os seres vivos em um raio de 350 km começariam a arder, e a explosão seria ouvida no planeta todo.

A covardia da explosão das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki nos dias 6 e 9 de agosto de 1945, foi uma das atitudes mais desumanas e covardes que já se viu na história das guerras da humanidade. As bombas foram jogadas com o uso de avião sobre as suas cidades, produzindo uma bola de fogo que matou de início 70 mil pessoas ‒ posteriormente, entre 100 e 200 mil pessoas sofreram as consequências ‒, e destruiu cerca de 90% das construções da cidade.

Em relação ao meio ambiente, a doutora Suzana profetizou um cenário apocalíptico e sua modelagem, imaginando se todo o urânio do planeta Terra for extraído para produzir tantas armas nucleares quanto possível para fazê-las explodir à mesma hora. Neste caso, toneladas de material seriam expelidas para o espaço, aquecendo a atmosfera de tal maneira que a maioria dos animais e seres humanos desapareceriam.

Finalizando a palestra, a doutora Suzana deixou claro que, se a catástrofe do arsenal nuclear ocorrer, levará milhões de anos para que as feridas das explosões se curem e a vida se desenvolva novamente

As pessoas presentes na palestra saíram muito assustadas e indignadas com o absurdo da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, e o perigo do início de uma guerra nuclear, tudo por áreas de terras que pertencem a Deus, o criador de tudo, o senhor dos senhores, dono de toda riqueza no mundo.

(*) Walter Miranda, Diretor do SINSPREV-Sindicato dos Trabalhadores Públicos em Saúde e Previdência do Estado de S. Paulo; militante da CSP Conlutas -Central Sindical e Popular; Diretor do Sindifisco Nacional-Sind.dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil/Delegacia de Araraquara.

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