Para a ministra da Agricultura Tereza Cristina, se trata do primeiro programa mundial de retirada de gases do efeito estufa em larga escala
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse nesta segunda-feira, 17, em um breve pronunciamento na abertura do Ethanol Summit, que a nova política de biocombustíveis, o RenovaBio, “é moderno, arrojado, feito a quatro mãos entre o setor privado e governamental”. Segundo ela, o RenovaBio será “o maior programa de descarbonização do mundo” no futuro.
Para a ministra, a política de fomento à produção de etanol no País reforçará o papel da indústria produtiva de álcool, açúcar e bioenergia, que é segundo maior setor da área de energia do País. A ministra citou a crise do setor produtivo da última década “do auge ao desânimo” e avaliou que “agora todos estão voltando a ficar animados com o setor”.
A ministra afirmou também que o governo está empenhado em modernizar e aumentar a produção agropecuária, e que as mudanças que se fizerem necessárias serão adotadas independentemente de opiniões contrárias de Ong’s ou países estrangeiros. Para ela a inovação tecnológica pautará a produção sucroenergética.
Disse ainda que Ásia é e continuará a ser estratégica para as exportações brasileiras de açúcar, seguida pela África. “Há um potencial de consumo de 41 milhões de toneladas/ano”.
A Índia possui 50 milhões de produtores de cana (fora as famílias). Sendo 80% pequenos produtores, muitos com menos de 1 ha de lavoura. O consumo de açúcar mundial vem caindo, no período de 1961 a 1973 representava 9% do consumo calórico alimentar, já no período de 1985 a 1997 caiu para 8,8%.
Atualmente, a Índia produz etanol de melaço, que é usado na mistura com gasolina na proporção de 7,5%, em 2030 deverá ser de 20%, reduzindo a possibilidade de excedentes de açúcar;
Sobre o RenovaBio, todos os palestrantes estão confiantes em seu sucesso, pois se trata do primeiro programa mundial de retirada de gases do efeito estufa em larga escala.
O ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles retornou recentemente do encontro do Acordo de Paris, onde ouviu elogios ao RenovaBio, mas ao mesmo tempo reclamou a propagação de informações sobre o Brasil que não coadunam com um país que possui a agricultura que mais preserva as florestas no mundo.
O presidente da Câmara Federal Rodrigo Maia também presente no evento reafirmou seu compromisso na aprovação das reformas do país.