Filho de ferroviário, 61 anos, Carlos Alberto Baldassari, o Balda News, está disposto a encarar nas eleições municipais de 2024, a disputa por uma cadeira na Câmara Municipal de Araraquara. Ele conta, dentro de um palavreado simples, porém entendido por todos que o seguem no face book, instagram e youtube, que “não vai consertar o mundo” mas ajudar na construção de um mundo melhor para as pessoas que ainda acreditam na palavra esperança.
“Faço da minha profissão a 45 anos, o meu caminho de fé sem envolvimento com verbas públicas, benefícios ou vantagens que possam me tirar das raias da lisura ou dos preceitos da ética e responsabilidade que norteiam minha paz de espírito ou consciência. Tem sido esse meu lema”, comentou essa semana o repórter que começou sua carreira na Rádio Morada do Sol em 1978, e onde permaneceu até 1984. Baldassari passou em seguida para a Rádio Cultura onde trabalhou por 10 anos.
Sua performance sempre foi de simplicidade, falando o que considera – a linguagem do seu povo que forma um batalhão com cerca de 123 mil seguidores, dos quais 70 mil que curtem, 3 milhões de acessos mensais. “O que aprendi ao longo do tempo apliquei na tecnologia; ganhei respeito e admiração por ser assim e sempre ir direto ao assunto. Sendo assim, honesto e respeitoso para com as pessoas, as chances de errar são menores e as oportunidades de acerto, bem maiores”, diz o jornalista.
Esse seu jeito crítico, tripudiando sobre o que considera – malversação dos recursos públicos, inabilidade no exercício das políticas públicas, omissão, negligência, prevaricação – tem de fato tirado o sono dos que gravitam em torno de uma atividade tão conturbada, cada vez mais exposta à crítica popular, que é a política. “Não sou absolutamente o dono da verdade, mas sei o quanto é importante conviver com a ética, respeitando a igualdade das pessoas de bem e que pensam igual a mim”, assegura.
Aposentado após trabalhar no Imparcial (1986) e na EPTV como repórter por quinze anos, Baldassari não parou de trabalhar e hoje além de administrar sua página nas redes sociais, também é um prestador de serviços para a Rádio Saudades de Matão, de 1999 até hoje, ganhando com isso uma identificação regional dentro do jornalismo.
Mas, o repórter Baldassari também é professor de Educação Física formado pela faculdade de São Carlos, tem duas irmãs e é pai de dois filhos: Bruno (16 anos) e Tiago, falecido. Na verdade, um dos momentos mais difíceis da sua vida foi reportar na rodovia que liga Araraquara a Ribeirão Preto, o acidente que envolveu seu próprio filho: “Fiquei sabendo no local que era meu filho, mas tinha que ser consciente com o meu dever e caráter de ser humano, pois tantas vezes havia noticiado a morte de outros filhos em circunstâncias semelhantes. Não seria justo com as outras pessoas. Muitos me condenaram, porém sai fortalecido pelo respeito aos que foram atingido em suas vidas por tragédias assim”, comenta.
VIDA POLÍTICA, QUEM SABE
Ainda que motivado por políticos, ele assegura “não ter tendência para este ou aquele lado, apenas cobramos a verdade dos fatos e transparência, coisa que segundo ele não acontece na atual administração”. Mas que, sua decisão de ingressar na vida pública será compartilhada com familiares e amigos.
Perseguido, pois sua página tem sido constantemente denunciada, somando diariamente 2.500 robôs, seria este também um dos motivos de ingresso na política. “Se as denúncias continuarem na tentativa de me calar é provável sim, que eu entre na política, para dar sequência ao trabalho que estamos realizando há três anos, com liderança de audiência nas redes sociais, trabalhando com a verdade e de forma imparcial; mas, entro na vida política da cidade sem ter que vender a alma para o capeta”, arremata.
Mas com o carisma que dispõe, qualquer analista político admite que o “Balda News” pode ter 15 mil votos, o suficiente para se eleger e paralelamente eleger mais três ou quatro candidatos formando uma base partidária e com a qual estaria dando grande contribuição para mudanças no rumo político da cidade – ou formando oposição contra o regime alternativo de Edinho Silva e Marcelo Barbieri – que administram Araraquara por quase 25 anos.
Seria então esse fenômeno das redes sociais com trajetória meteórica, o nome que qualquer partido político quer ter neste momento de transformação comportamental entre – Direita e Esquerda – aplicando conceitos diferentes dos triviais, que têm causado descrédito na política brasileira.
A decisão de ingresso na política local deve ser definida nos próximos 90 dias, confirma o repórter que fazendo carreira solo, hoje cerca de 3 milhões de acessos mensais em suas páginas que em setembro completam três anos.
